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Mostrando postagens de outubro, 2013

Solidão a dois não é amor

http://www.dinet.tv/passaros-e-cantos.html Dizem que o passar dos anos faz com que mudemos nosso modo de pensar e agir; que nos tornamos mais maduros e capazes de enfrentar situações que na infância e juventude não conseguiríamos. Amar sem sofrer é um bom exemplo disso. É comum vermos jovens, e pessoas nem tão jovens, que vivem amores - melhor dizendo, paixões - que lhe provocam sensações como se estivessem em uma imensa montanha russa: uma vida cheia de sobressaltos e, muitas vezes, alagada por lágrimas e marcada por brigas, dor e solidão a dois. Como já disse Cazuza em sua música Eu queria ter uma bomba , " solidão a dois, de dia faz calor depois faz frio" . Esse turbilhão ocorre primeiro porque pensam, cegos pela paixão, que  esse sentimento os tornará uma só pessoa. Quando percebem que não é bem assim como queriam, sofrem. Depois, tentam mudar a outra pessoa para que esta fique o mais próximo do que deseja que ela seja. Como não consegue, briga. E chora. E sofre.

Quem tem coragem de ser pai investe na paz

Adoro filmes. No final de semana sou capaz de ver pelo menos uns três, se ninguém me tirar desse vício. Entre os que vi está um que diz exatamente o que penso sobre a responsabilidade dos pais na educação dos filhos como contribuição para a diminuição da violência e da delinquência infanto-juvenil. Corajosos - esse é o filme, produzido pelos irmão Kendrick (evangélicos) e com  Alex Kendrick interpretando o personagem principal. Corajosos aborda o dever dos pais (especificamente do pai) em relação aos filhos. Trata de decisões tomadas por homens, amigos e policiais, que convivem diariamente com a delinquência na cidade onde moram. Na esteira dos meus 51 anos e fazendo parte de uma família de 11 irmãos (na verdade são 17, mas isso é outra história), considero que a maioria de nós dessa geração perdeu a mão no preparo do bolo da vida para os filhos. Saídos de uma infância e juventude reprimidos por muitas regras e limites, resolveram criar os seus filhos com mais liberdade. Aliás

Me gusta Argentina. Me gusta los hermanos.

A richa no futebol entre o Brasil e a Argentina é clara. Aqui, nosso eterno rei é Pelé. Lá, Don Diego Maradona. Um lado sempre defendendo que o seu ídolo foi melhor que o do outro quando estavam na ativa pelos campos afora.  Essa disputa é até engraçada, mas perde a graça quando se tenta levar essa briga para o dia a dia, principalmente no turismo. Antes de iniciar minhas viagens pela América do Sul sempre ouvi dizer que os argentinos eram mal educados e que tentavam passar a perna nos turistas brasileiros. Quando iniciei o curso de espanhol uma colega de turma destilou veneno contra os argentinos com argumentos semelhantes. Com tanta referência ruim, dava até medo de ir lá ao país vizinho. Nas férias deste ano passei pela Argentina e trouxe uma cerveja para um amigo. Ao recebê-la, ele perguntou se estava envenenada. Oxe! Envenenada?!?! Por que estaria? “Sei lá, veio da Argentina e dizem que eles sempre tentam sacanear com os brasileiros”, respondeu-me. Taí... Fiquei boba!

Aquele beijo nunca mais esquecerei

Era a primeira semana outubro de 1977 e acontecia a novena de São Francisco em Paulo Afonso. O largo da Igreja de São Francisco, pouco mais que uma capela erguida em pedras na área do acampamento da Chesf em 1949, estava movimentado com o pequeno parque de diversões e as barracas de bebidas e comidas. Era um sobe e desce danado de jovens num clima de paquera. Em 3 de outubro, véspera do Dia de São Francisco e do fim da novena, minha irmã Vânia puxa  pra sentar na grama conosco aquele por quem havia quase um mês eu suspirava apaixonada na inocência dos meus 15 anos: Roberto, rapaz de Salvador, 20 anos. Dias antes ela tinha nos apresentado. Passamos parte da noite sentados ao lado da igrejinha, próximos da Roda Gigante, ouvindo Roberto Carlos. Apesar de tímida, tive coragem de pegar na sua mão e observá-la. Você é cigana?, perguntou-me. Respondi que não e fiquei vermelha como se tivesse engolido uma pimenta. Mas continuei com sua mão entre as minhas. Conversa veio e conversa foi. Por