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É comum vermos jovens, e pessoas nem tão jovens, que vivem amores - melhor dizendo, paixões - que lhe provocam sensações como se estivessem em uma imensa montanha russa: uma vida cheia de sobressaltos e, muitas vezes, alagada por lágrimas e marcada por brigas, dor e solidão a dois. Como já disse Cazuza em sua música Eu queria ter uma bomba, " solidão a dois, de dia faz calor depois faz frio".
Esse turbilhão ocorre primeiro porque pensam, cegos pela paixão, que esse sentimento os tornará uma só pessoa. Quando percebem que não é bem assim como queriam, sofrem. Depois, tentam mudar a outra pessoa para que esta fique o mais próximo do que deseja que ela seja. Como não consegue, briga. E chora. E sofre.
Passam, então, a imaginar, até a adivinhar, o que a outra pessoa sente. Aí, enche a cabeça de caraminholas. Vê o que não existe. Ouve palavras não pronunciadas e nem mesmo pensadas pela outra pessoa. Sofre, indevidamente, por antecipação e fantasia.
Muitos são os casai que sofrem separados, mesmo estando juntos. Não conseguem ser eles mesmos, individualmente, nem o que o outro deseja que ele seja, porque nem mesmo DR (discutir relação) sabem fazer com sinceridade, com amor, com entrega.
Não sou psicóloga, vocês sabem, mas me permiti que a vida me ensinasse muito nessas 5,1 milhas. Uma das lições que aprendi é que ninguém adivinha o que você pensa ou sente. Se não quer sofrer por algo que lhe incomoda no outro, diga francamente: " Não gostei e não quero que faça mais isso comigo".
A oura lição é que achar que encontrou a sua outra metade não significa que isso os tornará numa única pessoa. Cada um é um, que se complementam mas não se unificam. Podem, sim, viver uma relação de simbiose. São duas pessoas que, mesmo diferentes, podem viver em harmonia, em sintonia.
Não fique colocando fantasmas onde não existem. Se eles (os fantasmas) estão dentro de você, tenha coragem de apagá-los. Se não consegue só, procure ajuda de um terapeuta. Pare de ver apenas os defeitos da outra pessoa, porque eles podem estar mais acentuados dentro de você mesmo. Não crie expectativas em relações à pessoa escolhida. Ninguém tem obrigação de ser o que você deseja.
Não se esforce para fazer a outra pessoa mudar para que, assim, vocês briguem menos. Tente começar a mudança por você mesmo. A sua mudança de atitude poderá ser mais eficiente e, aí sim, provocar a mudança e a harmonia desejada com quem ama.
Por fim, não tenha medo de amar ou de sofrer por amor. Entregue-se, principalmente se você vê que a outra pessoa tem carinho, paciência e respeito por você. Esses sentimentos são essenciais no amor. Naquele amor que não vai lhe levar às lágrimas por frustração, raiva ou ciúme, mas por se sentir pleno e confiante de que a vida a dois tem defeitos que não precisam manchar a tela que você imaginou. Potencialize os acertos.
Coragem! Você consegue!.
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