Adoro filmes. No final de semana sou capaz de ver pelo menos uns três, se ninguém me tirar desse vício. Entre os que vi está um que diz exatamente o que penso sobre a responsabilidade dos pais na educação dos filhos como contribuição para a diminuição da violência e da delinquência infanto-juvenil. Corajosos - esse é o filme, produzido pelos irmão Kendrick (evangélicos) e com Alex Kendrick interpretando o personagem principal.
Corajosos aborda o dever dos pais (especificamente do pai) em relação aos filhos. Trata de decisões tomadas por homens, amigos e policiais, que convivem diariamente com a delinquência na cidade onde moram.
Na esteira dos meus 51 anos e fazendo parte de uma família de 11 irmãos (na verdade são 17, mas isso é outra história), considero que a maioria de nós dessa geração perdeu a mão no preparo do bolo da vida para os filhos.
Saídos de uma infância e juventude reprimidos por muitas regras e limites, resolveram criar os seus filhos com mais liberdade. Aliás, total liberdade, sem nãos na convivência, sem regras ou limites.
Aliado a isso tem uma mudança cultural. Era comum, principalmente no interior onde nasci e cresci, que os homens tivessem a matriz e a filial, ambas de longas datas e com ambas tinham filhos. Os mais corajosos registravam as crianças. Poucos, é claro! Mas, mesmo aqueles que não registravam os filhos exerciam a função de pai provedor e regulador. Hoje, muitos também não registram seus filhos. Tampouco cumprem com os deveres da paternidade e nem mesmo conhecem os filhos.
Muitas mães, como disseram os Kendrick, bem que tentam assumir os dois papéis. Entretanto, a luta pela sobrevivência é tão mais árdua que as mães também estão fora de cara. A saída das mães para trabalhar fora de casa, aliás, é atribuída por meu marido, ao início dos problemas com o aumento da delinquência infanto-juvenil. E mãe, por mais eficiente que seja, não substitui a figura do pai.
É essencial a presença, com qualidade, dos pais. Não adianta satisfazer as necessidades materiais dos filhos se não são preenchidos os espaços do sentimento, com carinho e atenção, e do caráter, com exemplos emoldurados por princípios de ética e honra. Não importa se os pais vivem juntos ou não. Precisam, sim, cuidar juntos.
Poderemos ter menos violência num futuro próximo, sem precisar de bilhões gastos com armas e outros equipamentos de repressão e na construção contínua de presídios. O nosso futuro de paz pode começar agora mesmo em nossos lares. Basta cumprirmos nossa missão como pais (pai e mãe, mesmo que emprestados como eu) e lembrarmos que dizer NÃO é a forma mais difícil de amar. Difícil, mas não impossível.
Independentemente de qual religião professe, não devemos esquecer que Deus colocou os filhos sob nossa tutela para que os ajudemos a seguir o caminho do bem. Os Kendrick são evangélicos; eu, espírita. Se não assumirmos nossa missão no lar, dando aos nossos filhos a base do sentimento e do caráter, não poderemos chorar sobre o sangue derramada num futuro temido.
Corajosos aborda o dever dos pais (especificamente do pai) em relação aos filhos. Trata de decisões tomadas por homens, amigos e policiais, que convivem diariamente com a delinquência na cidade onde moram.
Na esteira dos meus 51 anos e fazendo parte de uma família de 11 irmãos (na verdade são 17, mas isso é outra história), considero que a maioria de nós dessa geração perdeu a mão no preparo do bolo da vida para os filhos.
Saídos de uma infância e juventude reprimidos por muitas regras e limites, resolveram criar os seus filhos com mais liberdade. Aliás, total liberdade, sem nãos na convivência, sem regras ou limites.
Aliado a isso tem uma mudança cultural. Era comum, principalmente no interior onde nasci e cresci, que os homens tivessem a matriz e a filial, ambas de longas datas e com ambas tinham filhos. Os mais corajosos registravam as crianças. Poucos, é claro! Mas, mesmo aqueles que não registravam os filhos exerciam a função de pai provedor e regulador. Hoje, muitos também não registram seus filhos. Tampouco cumprem com os deveres da paternidade e nem mesmo conhecem os filhos.
Muitas mães, como disseram os Kendrick, bem que tentam assumir os dois papéis. Entretanto, a luta pela sobrevivência é tão mais árdua que as mães também estão fora de cara. A saída das mães para trabalhar fora de casa, aliás, é atribuída por meu marido, ao início dos problemas com o aumento da delinquência infanto-juvenil. E mãe, por mais eficiente que seja, não substitui a figura do pai.
É essencial a presença, com qualidade, dos pais. Não adianta satisfazer as necessidades materiais dos filhos se não são preenchidos os espaços do sentimento, com carinho e atenção, e do caráter, com exemplos emoldurados por princípios de ética e honra. Não importa se os pais vivem juntos ou não. Precisam, sim, cuidar juntos.
Poderemos ter menos violência num futuro próximo, sem precisar de bilhões gastos com armas e outros equipamentos de repressão e na construção contínua de presídios. O nosso futuro de paz pode começar agora mesmo em nossos lares. Basta cumprirmos nossa missão como pais (pai e mãe, mesmo que emprestados como eu) e lembrarmos que dizer NÃO é a forma mais difícil de amar. Difícil, mas não impossível.
Independentemente de qual religião professe, não devemos esquecer que Deus colocou os filhos sob nossa tutela para que os ajudemos a seguir o caminho do bem. Os Kendrick são evangélicos; eu, espírita. Se não assumirmos nossa missão no lar, dando aos nossos filhos a base do sentimento e do caráter, não poderemos chorar sobre o sangue derramada num futuro temido.
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