A Câmara Federal aprovou em plenário, nesta semana, o projeto que muda o Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas (Sisnad) e que prevê a internação involuntária para dependentes químicos, entre outras modificações. A votação ainda não é conclusiva para que o projeto possa seguir para o Senado, porque falta a apreciação de destaques ( instrumento regimental pelo qual os deputados podem retirar (destacar) parte da proposição a ser votada, ou uma emenda apresentada ao texto, para ir a voto depois da aprovação do texto principal).
A proposta é polêmica dentro e fora do legislativo. Incomoda àqueles que são contra a internação. Alguns, inclusive, associam o processo à retomada dos manicômios. Outros, milhões, tenho certeza, tem a notícia como uma luz no final de um túnel ou no fundo de um poço; como uma chama de esperança de resgaste de familiares queridos que se prenderam, e se perderam, na viscosa armadilha das drogas, em especial do crack.
Quem tem algum dependente químico na família - seja usuário de drogas químicas ou de álcool - já ouviu de terapeutas e especialistas que vencer a adicção depende muiiiito mais da vontade do dependente que do tratamento. Daí que muitas clínicas, principalmente as particulares (que são maioria e caras), só aceitam tratar de pacientes que demonstrem o desejo de abandonar as drogas. Internar sem a vontade da pessoa é jogar dinheiro fora, dizem.
Não discordo do todo desses argumentos. Conheço pessoas cujos familiares já foram internados inúmeras vezes e após três ou seis meses enfrentam recaídas seríssimas, destruindo carreira profissional, estudo e, pior, depenando a própria casa e tirando a paz da família.
Há clínicas que fazem internação involuntária. Muitas delas comunidades terapêuticas sob coordenação de igrejas, de pessoas que acreditam firmemente que a fé pode remover montanhas. Mas a grande parte das famílias brasileiras enfrentam é a falta de clínicas públicas que ofereçam tratamento contra a dependência química.
Pesquisa da Universidade federal de São Paulo, divulgada em 2012, aponta que o Brasil representa 20% do consumo mundial e é o maior mercado de crack do mundo (veja mais) Apesar disso, programas governamentais oferecem apenas atendimento ambulatorial, esquecendo que quem está tomado por uma droga dificilmente terá o discernimento do que é melhor para si. Você consegue imaginar um usuário de crack indo, sozinho e voluntariamente, a um CAPS? Raro, porque exceções existem.
Sou a favor da internação involuntária, sim! mas volto a defender que medidas preventivas devem ser adotadas com urgência, com inclusão da adicção por drogas químicas nos programas de prevenção do governo, como já sugeri antes (veja aqui).
Volto a defender que a maior prevenção começa no seio da família. Tenha olhos de ver seus filhos, ouvidos e ouvi-los, braços dispostos a acolhê-los em um abraço e mente alerta como deve ser um gestor? Gestor? Sim, pais são gestores de família e devem saber que regras são necessárias para que a harmonia se estabeleça; saber a hora do sim e do não.
Se a família falha na lapidação e educação dos filhos; se as escolham falhas na orientação pela ausência de campanhas educativas; se o governo falha na oferta de programas desportivos e atividades culturais gratuitas e em campanhas e ações preventivas... então a solução para a família do dependente químico é a internação, seja ela voluntária, involuntária ou compulsória, como tem ocorrido no Rio de Janeiro e São Paulo.
Volto a defender que a maior prevenção começa no seio da família. Tenha olhos de ver seus filhos, ouvidos e ouvi-los, braços dispostos a acolhê-los em um abraço e mente alerta como deve ser um gestor? Gestor? Sim, pais são gestores de família e devem saber que regras são necessárias para que a harmonia se estabeleça; saber a hora do sim e do não.
Se a família falha na lapidação e educação dos filhos; se as escolham falhas na orientação pela ausência de campanhas educativas; se o governo falha na oferta de programas desportivos e atividades culturais gratuitas e em campanhas e ações preventivas... então a solução para a família do dependente químico é a internação, seja ela voluntária, involuntária ou compulsória, como tem ocorrido no Rio de Janeiro e São Paulo.
em que ser feito. Só não pode trancar em uma gaiola. Temos um monte de terras que podemos fazer umas escolas fazendas com uns hospitais de reabilitaçã.
ResponderExcluiré por aí, meu irmão.
ExcluirTomara seja mesmo uma luz... mas se vem por imposição..
ResponderExcluirEm alguns momentos a imposição tem que se sobrepor. É a escola pela dor.
ResponderExcluirCompreendo seu ponto de vista e o valido a partir da condição expiatória, unicamente. No caso em pauta, sabemos que só verdadeiramente ajudamos a quem quer ser ajudado, de modo que a imposição de um tratamento terá uma eficácia duvidosa, inicialmente...
ResponderExcluirA mente de um viciado não tem dominio sobre si mesmo, sou a favor de uma atitude enérgica dessas, afinal se existe a possibilidade de salvar uma vida que seja a força. E convenhamos condição expiatória se for por mecerecimento essa pessoa pode mudar o seu destino. Toda programação que fazemos antes da reencarnação, nos a esquecemos, mas também podemos muda-la e que seja sempre para melhor. Tive um irmão que morreu por alcoolismo, e essa dor de não o ter ajudado, esperando que ele fosse a AAA por vontade própria nunca aconteceu. No Evangelho segundo o espiristimo fala sobre isso: Devemos ajudar um criminoso, um malfeitor? neste caso um viciado a se livrar do seu vício????
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