Hoje acordei cedo e
aproveitei a caminhada para comprar meu remédio para pressão ( é,
faço parte do time desde 2010). Para alongar a caminhada, em vez de
seguir pela orla, fui pelas ruas internas, saindo de Piatã/Plakafor
para Itapuã. Assim eu mataria dois coelhos de uma cajadada só.
Situação costumeira da Rua Dias Gomes, Piatã, apesar de a Limpurb recolher. |
Duas coisas me
incomodaram. Duas coisas que tem a ver com educação e com poder
público. A primeira foi com as calçadas. Claro que não é novidade
pra mim, pois, volta e meia, opto por caminhar por essas ruas. Mas,
incomoda a mim o fato de as pessoas não terem educação e não se
preocuparem com o próximo ao fazerem suas calçadas.
Definitivamente, não dá para deficientes físicos e/ou visuais e
idosos caminharem por essas ruas. Tem cestas de lixo, tem plantas,
tem degraus de mais de 60 cm de altura de uma pra outra. E tem podas
de árvores e entulhos, misturados com lixo, em muitos pontos .
Algumas pessoas dizem
que sou radical. Particularmente digo que sou 8 ou 800. Como?? Sim,
não é 8 ou 80. Sou radical em determinadas situações. É em casos
como esses, digo que primeiro se faz uma campanha educativa e logo
depois se exige, punindo quem não segue a regra. A Lei deOrdenamento, Uso e Ocupação do Solo (LOUOS) prevê que o morador tem que fazer a
calçada e que ela tem que permitir a mobilidade. Prevê um monte de
coisas e punição, no bolso. Mas não há fiscalização. Portanto,
não há punição. Nem mesmo para os mal educados que insistem em
entulhar as calçadas com o que não quer em sua casa, até sofá
comido por cupins, mesmo que o carro da Limpurb tenha acabado de
passar.
A segunda coisa foi a
varrição das ruas. Em apenas três delas encontrei garis
trabalhando. Na primeira, a calçada e o acostamento eram “varridos”
com um ciscador de grama, em vez de vassourão. Na segunda, o gari
tinha vassourão, mas varria em uns pedaços da calçada e da rua e
em outros não. Mas o que me deixou mais curiosa foi na Dorival
Caymmi. Cheguei nela por uma rua próxima às antigas lojas de 1,99,
a cerca de uns 150 a 200 metros do 7º Centro de Saúde. Ali estavam
pelo menos três garis varrendo. Varreram a avenida, mas deixaram a
calçada do posto de saúde tomada por folhas de amendoeira –
comuns nessa região – e por lixo deixado pelos vendedores e
transeuntes. A mesma coisa se repetiu na calçada larga do ponto de
ônibus defronte à loja Insinuante. Oxente... não deveria ser
varrido tudo?
Aí, mais uma vez,
entra a educação e o poder público. Será que os garis que varrem
as ruas são treinados para a tarefa? Vale lembrar que homem não tem
muito costume com vassoura. Acho que falta esse treinamento,
inclusive, para os garis que passam quebrando com suas machadinhas,
literalmente, as calçadas e o precário asfalto para retirar o
mato. Os trabalhadores tem que ser treinados. E o poder público tem
que supervisionar o serviço que está sendo pago.
Levei cerca de uma hora
na minha caminhada. Cheguei em casa grata por ter condições de me
locomover mesmo em áreas que exijam maior esforço, como essas ruas.
Mesmo que não consiga mais ler bulas sem colocar óculos,
considero-me com boa visão. Não tenho labirintite e outras ites
comuns aos idosos (ainda não cheguei lá), nem preciso de muletas ou
cadeiras de rodas. Mas, como fica quem tem alguma deficiência?
O poder público tem
que intervir urgente. Claro que, agora, só a partir de janeiro, com
o próximo prefeito que ainda não sabemos quem será. Mas cada um de
nós também pode fazer sua parte. Olha aí umas sugestões:
Faça ou conserte sua
calçada de forma que os pedestres possam andar por ela. Elas tem que
ser retas e contínuas. Se tiver um declive muito acentuado, faça
degraus decentes ou rampa, se não ficar muito inclinada.
Ao fazer as podas,
corte os galhos em pedaços pequenos e coloque em sacos. Deixe no seu
quintal até o dia e horário da coleta do lixo. Coloque o lixo na
rua, próximo ao horário em que o caminhão passará.
Se está fazendo
reforma, contrate um contêiner e vá colocando seus entulhos. Seus
vizinhos não tem que receber a sua sujeira. Nada também de sair
colocando entulhos nos buracos no asfalto. O peso dos carros só fará
com que os buracos aumentem de tamanho.
Se cada um fizer a sua
parte. Teremos uma cidade melhor.
Já confabulei sobre isso em outra ocasiõe. Confira.
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