Uma confabulação para as mães e "pães" ( não a massa de comer, mas o homem que faz também o papel de mãe junto aos filhos). Primeiro, parabéns a todos vocês - aliás, a nós, porque me incluo, mesmo como mãe emprestada, tendo com homenageadas especiais as mais novas mamães da minha família: Sandra, Giovanna, Ana Cristina e Bárbara .
A criação de um filho gera preocupação; isso todos sabemos. Podemos gastar até R$ 1,6 milhão até o filho ficar adulto, conforme pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Vendas e Trade Marketing (Invent), coordenada por seu diretor Adriano Amui, professor de Administração; também sabemos que é caro. Mas permitir a vinda de filhos é sempre uma honra - e uma benção. Isso implica em uma responsabilidade maior que apenas pagar boas escolas, comprar roupas de grife, dar presentes de alta tecnologia para os filhos desde muito cedo. Implica em ser o cuidador; o lapidador de cidadõs.
Em uma das minhas longas conversas com Roberto, meu marido, sobre as coisas da vida, ele disse que a culpa pelo caos que enfrentamos com a juventude (sim, caos) está no fato de a mulher - a mãe - ter saído de casa para trabalhar. Defende que uma lei deveria ser editada para fazer com que as mulheres trabalhem apenas seis horas, e no outro turno se dedique à educação dos filhos. Eu adoraria, principalmente se esse turno de 6 horas fosse bem remunerado. Sempre que comento isso em rodas de mulheres, percebo olhares enviesados, como que dizendo: " eu não tenho culpa de nada" ou " eu que não quero ficar em casa cuidando de filho".
Volto ao tempo da minha mãe, Nicinha, onde o seu amor de mãe a fez uma heroína. Milhares, como ela e como a mãe de Roberto, dona Alaíde (já desencarnada), dedicaram-se exclusivamente à educação dos filhos. Tiveram resultados excelentes - as duas: nenhum dos filhos se envolveu com a criminalidade, seja por sintonia ou por indução. Conseguiram inspirar princípios morais e éticos (mesmo com o uso de corretivos físicos - tapas, beliscões, surras). Ambas foram "trocadas" por outras por seus maridos. E sofreram.
Voltando à teoria de Roberto, concordo em parte com ele. A saída da mulher para o trabalho, seja por necessidade de complementar a receita familiar (em alguns casos, a única renda), seja por desejo de realização profissional, deixou os filhos "soltos". Muitas(os) de nós não sabem o que é assertividade ou se é assertiva(os). Com esse desconhecimento, deixa que seus filhos, mesmo criancinhas, se tornem reis e rainhas, ditando as ordens dentro do lar. É a famosa compensação pela ausência. O resultado é adolescentes e jovens sem conhecimento dos limites imprescindíveis para um convívio em sociedade; que não aceitam nunca um NÃO como resposta; que não se tocam que as outras pessoas também tem direitos e merecem respeito.
Por isso, nesta edição do Dia das Mães, chamo mães e pães, para uma reflexão:
_ O que vocês tem dado aos seus filhos tem, em sua maioria, característica material ou uma espiritual (não necessariamente religiosa)?
_ Vocês dizem mais SIM ou NÃO para os seus filhos?
_ Vocês sabem driblar as chantagens emocionais com fins materiais dos seus filhos?
_ Vocês estão conseguindo perceber o que precisa ser lapidado no seu filho para possibilitar uma evolução moral, espiritual e também material?
_ Vocês sabem com quem seus filhos andam, o que fazem, o que pensam?
E, por fim, vocês tem se permitido tempo para apenas serem pessoas que se amam?
Gostaria de saber como tem sido sua experiência de mãe (biológica, emprestada/postiça/madrasta, adotiva...) e de "pãe" (separado, viúvo, solteiro...).
Sandra e Beatriz |
Giovanna e Sophia |
Ana Cristina e Felipe |
Bárbara e Maria Clara |
Uma confabulação para as mães e "pães" ( não a massa de comer, mas o homem que faz também o papel de mãe junto aos filhos). Primeiro, parabéns a todos vocês - aliás, a nós, porque me incluo, mesmo como mãe emprestada, tendo com homenageadas especiais as mais novas mamães da minha família: Sandra, Giovanna, Ana Cristina e Bárbara .
A criação de um filho gera preocupação; isso todos sabemos. Podemos gastar até R$ 1,6 milhão até o filho ficar adulto, conforme pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Vendas e Trade Marketing (Invent), coordenada por seu diretor Adriano Amui, professor de Administração; também sabemos que é caro. Mas permitir a vinda de filhos é sempre uma honra - e uma benção. Isso implica em uma responsabilidade maior que apenas pagar boas escolas, comprar roupas de grife, dar presentes de alta tecnologia para os filhos desde muito cedo. Implica em ser o cuidador; o lapidador de cidadõs.
Em uma das minhas longas conversas com Roberto, meu marido, sobre as coisas da vida, ele disse que a culpa pelo caos que enfrentamos com a juventude (sim, caos) está no fato de a mulher - a mãe - ter saído de casa para trabalhar. Defende que uma lei deveria ser editada para fazer com que as mulheres trabalhem apenas seis horas, e no outro turno se dedique à educação dos filhos. Eu adoraria, principalmente se esse turno de 6 horas fosse bem remunerado. Sempre que comento isso em rodas de mulheres, percebo olhares enviesados, como que dizendo: " eu não tenho culpa de nada" ou " eu que não quero ficar em casa cuidando de filho".
Volto ao tempo da minha mãe, Nicinha, onde o seu amor de mãe a fez uma heroína. Milhares, como ela e como a mãe de Roberto, dona Alaíde (já desencarnada), dedicaram-se exclusivamente à educação dos filhos. Tiveram resultados excelentes - as duas: nenhum dos filhos se envolveu com a criminalidade, seja por sintonia ou por indução. Conseguiram inspirar princípios morais e éticos (mesmo com o uso de corretivos físicos - tapas, beliscões, surras). Ambas foram "trocadas" por outras por seus maridos. E sofreram.
Voltando à teoria de Roberto, concordo em parte com ele. A saída da mulher para o trabalho, seja por necessidade de complementar a receita familiar (em alguns casos, a única renda), seja por desejo de realização profissional, deixou os filhos "soltos". Muitas(os) de nós não sabem o que é assertividade ou se é assertiva(os). Com esse desconhecimento, deixa que seus filhos, mesmo criancinhas, se tornem reis e rainhas, ditando as ordens dentro do lar. É a famosa compensação pela ausência. O resultado é adolescentes e jovens sem conhecimento dos limites imprescindíveis para um convívio em sociedade; que não aceitam nunca um NÃO como resposta; que não se tocam que as outras pessoas também tem direitos e merecem respeito.
Por isso, nesta edição do Dia das Mães, chamo mães e pães, para uma reflexão:
_ O que vocês tem dado aos seus filhos tem, em sua maioria, característica material ou uma espiritual (não necessariamente religiosa)?
_ Vocês dizem mais SIM ou NÃO para os seus filhos?
_ Vocês sabem driblar as chantagens emocionais com fins materiais dos seus filhos?
_ Vocês estão conseguindo perceber o que precisa ser lapidado no seu filho para possibilitar uma evolução moral, espiritual e também material?
_ Vocês sabem com quem seus filhos andam, o que fazem, o que pensam?
E, por fim, vocês tem se permitido tempo para apenas serem pessoas que se amam?
Gostaria de saber como tem sido sua experiência de mãe (biológica, emprestada/postiça/madrasta, adotiva...) e de "pãe" (separado, viúvo, solteiro...).
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