Mais uma vez a fragilidade das famílias, base da sociedade, é exposta por decisões judiciais. Nota no jornal Tribuna da Bahia informa que o juiz da Vara Crime e da Infância de Santo Estevão, aqui na Bahia, baixou a Portaria nº 02/11 criando o Toque Educativo. A medida do juiz José Brandão "veda a prática do bullyng, inibe assédio a meninas nas escolas e proíbe vadiagem ao redor de escolas e ainda obriga presença de pais em reuniões escolares." De acordo com a TB, a violência nas escolas é o crime mais recorrente em Santo Estevão.
Minha confabulação mais uma vez é: o que está acontecendo com as famílias? Por que pais e mães não estão conseguindo educar os seus filhos para serem pessoas com responsabilidade, com tolerância, com solidariedade? Por que não conseguem educá-los para serem cidadãos, pessoas que saibam que os seus direitos terminam quando começam os dos outros?
Fico preocupada com o círculo vicioso que tem girado nas três últimas décadas, período médio em que filhos que cresceram sob exagerada disciplina resolveram dar total liberdade aos seus filhos. Estes, por sua vez, cresceram sem saber o que significa limites em uma relação social e também deixaram seus filhos "soltos", livres para agirem como bem entendessem.
A questão do bullyng, por exemplo, é cometida dentro dos próprios grupos familiares, praticados por irmãos, primos ou tios, sem nenhuma interferência dos pais - nem mesmo pela mãe, que é considerada naturalmente uma leoa na defesa da sua cria.
Em uma família amiga que acompanhei o crescimento das crianças, vi muito isso. E muito contestei e tentei reverter. "Fizeram isso com a gente; agora fazemos com ele. É normal", me respondiam os "agressores", enquanto as crianças choravam. Não havia piedade nem mesmo para a criança que fosse especial. "A gente tá só brincando", argumentavam.
Se na família não é corrigida essa prática cruel, como essas crianças vão ter consciência que o que fazem é errado? Se dentro do lar é costume pais incentivarem os filhos machos a "pegarem" as meninas, como eles terão consciência do que é assédio ou violência sexual? Se os filhos não são cobrados para o cumprimento das suas tarefas escolares, nem mesmo supervisionados, como crescerão distinguindo o que é estudar e o que é vadiar?
O que você pensa sobre isso? Se tem filhos, como os educa? Como foi educado? Venha confabular comigo.
Acho que esse conceito de certo ou errado não está diretamente ligado à educação que os pais ou a escola oferecem, mas sim no próprio íntimo do "pequeno" ser humano. No fundo cada um deles sabem SIM o que é certo e errado o que falta é pulso firme e penalidade por parte dos educadores de uma forma geral.
ResponderExcluirTrabalho em escola de idiomas como vendedor de cursos e atendo tooodo tipo de pais e o que noto é uma certa "culpa" pela ausencia deles na vida dos filhos e tentam compensar isso com a "liberdade" ou impunidade.
Tais pais descordam da educação dura que tiveram e tentam fazer diferente dando mais liberdade aos filhos em suas ações achando que essa atitude tornará a criança menos reprimida. Acho que não há problema nisso, mas sim na falta de critério e regras com as devidas punições. Penso que só assim se formam cidadãos maduros.
#goste da sua nova foto.
Bjs,
Duh
De fato, não há nada errado em se dar liberdade. Mas isso tem que vir acompanhado da orientação sobre responsabilidade. Afinal, cada ação nossa tem uma reação, uma consequência. E quando não ensinamos às nossas crianças, a vida mais na frente ensina. E nem sempre da melhor forma.
ResponderExcluirA foto com o link para meu novo blog é mais atual. A deste tem três anos.