Divulgação/Contigo
Em entrevista à revista Contigo, a atriz Cissa Guimarães disse que sentiu culpa por voltar ao trabalho apenas dois meses da trágica morte do seu filho Rafael. Veja trechos:
Como espírita, venho buscando encarar a morte como natural. Já me despedi, inclusive, de três pessoas queridas com o despreendimento que julgo coerente. Entendi que elas deviam seguir para outra etapa. Mas sei que ainda não passei por testes mais fortes. Ainda caminho junto, neste mesmo plano, com meus pais, meus irmãos, sobrinhos, meu marido e meu filho.'Como pode? Já voltou?' E eu mesma me sentia culpada. Pensava: como não estou em casa trancada e estou aqui numa esteira correndo? Tive de trabalhar muito isso na terapia do luto. Estou aprendendo a ter uma compreensão do que é a morte. Nós, ocidentais, somos pessimamente educados para isso. Além da compreensão emocional e espiritual, a gente não sabe lidar com coisas pragmáticas como entrar no quarto do seu filho, o que fazer com as coisas dele ou se volta a trabalhar."
Não deixo, contudo, de me perguntar porque porque esse sentimento de culpa que bate em nós, como aconteceu com Cissa Guimarães. Será por causa dos olhos cobradores da sociedade? Será por receio de ser "visto" por quem nos deixou como alguém que deu pouca importância para a separação? Ou será apenas porque não estamos mesmo preparados para despedidas, apesar de a morte ser a única certeza que temos na vida?
Em 25 julho de 2008 uma cunhada querida, Valdiza, desencarnou após infartar. Foi difícil para todos. Quando setembro chegou, meu marido ficou em conflito e não queria reunir todos para comemorar o seu próprio aniversário, no feriado do dia 7. Eu lhe disse que tínhamos a obrigação de fazer o encontro, até mesmo em homenagem à sua irmã. Afinal, em todos os anos ela esteve presente desde a preparação da festinha. Ia para a praia cedinho para estar em nossa casa às 8 horas e ajudar a preparar o churrasco. Vieram as outras irmãs e uns poucos amigos. Não tivemos a mesma alegria, claro, mas nos sentimos com o coração leve, porque fizemos o que achamos certo.
Quem parte segue novos rumos. Nós que ficamos temos que prosseguir com a nossa trajetória até, quem sabe, possamos cruzar nossos caminhos novamente.
E você, como lida com a morte?
Oi Vanda...como vai?
ResponderExcluirBem, em minha opnião acho que o que aflige uma mãe ao enterrar seu filho é que o curso natural das coisa foi quebrado...afinal está inserido em nosso consciente que os mais velhos vão primeiro, mas a vida mostra que não.
Cada religião acredita em uma teoria como no espiritismo que diz que o filho de Ciça já havia cumprido sua missão...Enfim...teorias de parte a parte o que fica mesmo é a pergunta: - Como lidar com esse sentimento a curto prazo?
Bjs,
Duh
Oi, Duh. Um 2011 de encontros e realizações pra você. Cara, na verdade ainda não sei. COmo disse no texto, estou aprendendo ainda, mas não passei por grandes provas como Cissa. É muito difícil, imagino. MAs temos que ir aprendendo a encarar as despedidas com menos dor - pelo menos nas despedidas menos trágicas. Vixe, esqueci que pra maioria de nós a morte em si em trágica. MAs acho que vc entendeu, né?
ResponderExcluirUm abraço.