Recebi do Gabinete de Imprensa da seção espanhola da Anistia Internacional matéria detalhando o prejuízo financeiro que o bloqueio de Gaza vem causando. Segundo o texto de Ángel Gonzalo e Manuel Sobrino, embora Israel permita a entrada em Gaza de alguns envios de agências internacionais de ajuda humanitária, estes fornecimentos estão estritamente limitados e sofrem frequentes atrasos. As agências da ONU calculam que os custos adicionais de armazenamento e transporte causados pelos atrasos provocados pelo bloqueio somaram em trono de 5 milhões de dólares em 2009.
De acordo com o Organismo de Obras Públicas e Socorro das Nações Unidas (UNRWA), desde que começou o bloqueio, o número de refugiados que vive na mais absoluta pobreza na Faixa de Gaza triplicou. Estas famílias carecem de meios para adquirir até os produtos mais básicos, como sabão, material escolar e água potável. Segundo a ONU, mais de 60 % das famílias padecem atualmente de "insegurança alimentar".
O desemprego está aumentando vertiginosamente em Gaza, pois os negócios estão sobrevivendo a duras penas com o bloqueio. Em dezembro de 2009 a ONU informou de que o desemprego em Gaza era superior a 40 por cento. Este desemprego massivo, unido à pobreza extrema e a alta dos preços dos alimentos, causada pela escassez, tem feito com que quatro de cada cinco habitantes de Gaza dependam da ajuda humanitária.
Junto ao mal estado crônico do sistema de esgoto, a má qualidade da água é motivo de grande preocupação para as organizações de ajuda humanitária em Gaza, onde a diarreia causa 12 por cento das mortes entre os jovens. A proibição quase total das exportações foi muito difícil para os agricultores, agravada pela ofensiva militar que destruiu 17 por cento das terras agrícolas, juntamente com estufas e dispositivos de irrigação, e deixou outros 30 por cento inutilizados nas zonas intransitáveis de segurança temporária, ampliadas pelo exército israelense depois do fim da ofensiva. Em Gaza, os ataques israelenses durante a Operação Chumbo Fundido danificaram ou destruíram edifícios e infraestruturas civis, incluindo hospitais, escolas e os sistemas de fornecimento de agua e eletricidade.
• Calcula-se que 280 das 641 escolas de Gaza sofreram danos e 18 foram destruídas. Mais da metade dos habitantes de Gaza são menores de 18 anos, e a interrupção de sua educação, devido aos danos causados durante a operação ‘Chumbo Fundido’ e a persistência do boicote israelense, está tendo um efeito devastador.
• Partes da rede elétrica de Gaza foram igualmente bombardeadas durante o conflito e requerem reparações urgentes que ainda não foram autorizadas. Isto, somado ao fato de que Israel segue restringindo o fornecimento de combustível industrial a Gaza, significa que 90 por cento da população de Gaza sofre cortes diários de energia durante períodos de quatro a oito horas.
• Desde então, só se tem reparado uma pequena parte dos graves danos causados pela ofensiva israelense em moradias, infraestruturas civis, serviços públicos, fazendas e negócios, porque a população civil, e as agências de ajuda humanitária e da ONU que a assistem, são proibidas de importar materiais como cimento e vidro, exceto em poucos casos.
Fico triste, enojado e com vergonha de ser um "ser humano" nessas horas. Criaturas classificadas de "Homens" sacrificam sua própria raça por mais poder e mais dinheiro. O que mais incomoda é saber que aqueles que provocam toda essa dor estão em suas mansões saboreando um espumante à beira da piscina.
ResponderExcluirAbraços
Duh