Certa vez, no Instituto Espírita Boa Nova, Newton Simões falava sobre obsessão e nos contou sobre um caso que tinha ajudado, como médium experiente que é. Uma família o procurou porque a filha, uma criança entre cinco e seis anos de idade, vinha apresentando comportamento estranho. Ela agia como se estivesse sendo incomodada sexualmente por alguém; só que não havia ninguém do lado dela. No processo de desobsessão foi descoberto que quem a assediava era o seu avô, que tinha desencarnado há pouco tempo. Porém, o espírito desencarnado entendia que aquela menina era uma amante que teve em vida anterior; não sua neta, como aconteceu na sua última encarnação. Revoltado, ele não aceitava a rejeição da garotinha às suas investidas. Foi explicado a ele, pelo médiun, que mesmo que a menina tivesse, em outra vida, se relacionado com ele de outra forma, neste momento ela era sua neta e que ele não poderia/deveria interferir dessa forma.
Conto esse fato porque mais uma vez o mundo fica chocado com a história de uma filha que é abusada sexualmente anos a fio por aquele que a recebeu como filha. Um pai que vê a filha como mulher, que a ama e deseja ( ou apenas a deseja), e que nela gera filhos. Como no caso da Áustria, no caso do Brasil, nos cafundós do Maranhão, a filha também vivia em cativeiro (um casebre em uma ilha) e teve sete filhos do pai.. Não vou aqui retomar a notícia ou citar nomes de vítimas e algozes. Vocês poderão ver detalhes dessas histórias através das reportagens em todos os jornais e tvs.
A minha confabulação é sobre o sentimento de posse de pais/mães sobre suas filhas/seus filhos durante cada encarnação. Casos com os citados acima chocam, principalmente, por terem gerado filhos. Mas não podemos esquecer de tantos outros casos em que filhas são abusadas pelos pais por anos seguidos, algumas vezes com o conhecimento, e consentimento, das mães. Praticamente em todos o abuso começa na infância da filha.
Não tenho conhecimento, contudo, de mães que abusem sexualmente dos seus filhos. Pelo menos não que tenha chegado a conhecimento através dos meios de comunicação. Mas ouvimos com frequência queixas de namoradas, noivas ou esposas sobre a possessividade de sogras sobre seus namorados, noivos ou maridos. Nesta semana, inclusive, soube de um caso em que o filho estava com casamento marcado no civil e a mãe praticamente enloqueceu: ameaçou o marido de incendiar o carro dele caso permitisse a concretização do casamento, ameaçou filhas que fossem participar da cerimônia... enfim, declarou que o filho não casaria, porque ele era dela. Anos atrás ouvi um relato de uma jovem indignada, porque teria percebido que a sogra sempre ficava observando quando ela e o namorado se abraçavam, se beijavam. " Vejo desejo sexual nos olhos dela. É horrível, mas ela deseja o filho!", desabafou comigo.
O que levaria, então, alguns homens a concretizarem seus desejos por suas filhas e as mulheres a reprimirem, expressando-o apenas na sua posse, onde nenhuma mulher é suficiente boa para seus filhos ? Seria a própria cultura onde ao homem foi concedida a liberdade sexual e à mulher a repressão da libido? Seria o instinto maternal, que se sobrepõem ao desejo? Por que alguns homens agem dessa forma e outros agem como verdadeios pais, com amor, respeito, carinho? É por doença? Safadeza? Não sei explicar.
Entretanto, considero, por acreditar na vida após a morte e na reencarnação, que quando recebemos um espírito como filho, seja ele genético ou do coração, temos o compromisso de ajudá-lo em sua vida atual, contribuindo para a sua evolução, seja espiritual, moral ou intelectual. De preferência as três juntas. Isso independetemente do tipo de relação que existiu em outra encarnação. Quando não conseguimos... aliás, quando nem tentamos, estamos empacando na nossa própria evolução.
Qual a sua opinião sobre isso? Confabule comigo.
Nossa vc trouxe novidades que eu não sabia sobre o assunto: sobre o caso de espírito que abusa sexualmente e sobre essa relação de desejo das mães sob os filhos que é um desejo reprimido e no caso dos homens é liberado.
ResponderExcluirO abuso sexual contra crianças e adolescentes é um absurdo, fora de propósito, em minha pesquisa de conclusão de curso (jornalismo) abordo o assunto, eu analisei notícias e comentários na internet sobre violência sexual contra crianças e adolescentes, com essa pesquisa percebi como as pessoas se incomodam com casos dessa natureza e como condenam os abusadores (geralmente com a morte ou desejando que ele sofra o mesmo abuso na cadeia). Pena que muitos casos ainda não são denunciados, é importante lembrar que quem cala também colabora com a violência.
O caso das mães é bem simulado. Creio que a própria repressão à libido tenha impedido as aberrações de sexo entre mãe e filho. Mas já vi noticiado caso de vó com neto. Vou buscar onde li e depois publico aqui.
ResponderExcluirOi, Vandinha, confira isto aqui http://diasimdiatambem.wordpress.com/2010/07/07/prazer-pelo-aborto/#comment-7029 e dê um parecer.
ResponderExcluirAbraço,
Chico Muniz
Com atraso estou atendendo seu pedido em outra confabulação.
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