O Diário do Nordeste, jornal de Fortaleza (CE), tem como marca divulgar bons exemplos em todas as áreas, principalmente na Educação. Uma das mais recentes reportagens, publicada em 1º de abril, Dia da Mentira, é uma grande verdade, digna da Corrente da Mídia pelo Bem, mostrada no texto do repórter Maurício Vieira. Seu relato conta a experiência do município cearense de Maracanaú, que fez a opção de incentivar aos alunos das escolas municipais as qualidades do valor humano, construindo a cultura de paz entre os alunos.
Primeiro, os números das salas foram trocados por nomes de pessoas que derem grande contribuição para a paz no mundo. Depois, as escolas incluíram no conteúdo das disciplinas os trabalhos desenvolvidos pelos pacifistas – antes os alunos ficavam restritos ao aprendizado de fatos e personalidades que fizeram história por meio das guerras.
Maurício Vieira conta que “em cada sala, professores e alunos colocam em prática as qualidades dos valores humanos e estudam a história de Jesus Cristo, Madre Tereza, Gandhi, Martin Luther King e Chico Xavier, além de outros pacifistas que também desenvolveram ações por um mundo melhor.” E que, além da biografia de cada um deles, os alunos estudam temas relacionados ao respeito, paz, amor, solidariedade, fé, justiça, ética e humildade. Essas mensagens ficaram estampadas nas salas de aula e são trabalhadas no decorrer do ano letivo. Semanalmente, os alunos desenvolvem atividades sobre os diversos temas.
A diretora da Escola EMEF Rui Barbosa, no Bairro Piratininga, Maria de Fátima do Vale, disse ao repórter que o tema trabalhado na semana é desenvolvido pelos alunos através de trabalhos de pintura, do teatro, de vídeos. Eles ficam livres para desenvolver suas habilidades.
Essa nova metodologia, segundo a reportagem, surgiu em 2007, por meio do Programa Cultura de Paz nas Escolas e já garantiu excelentes resultados na relação professor-aluno e, também, na conscientização dos estudantes para a inclusão de valores humanos na família. O Programa Cultura de Paz, desenvolvido nas 90 escolas de Maracanaú com cerca de 1.700 educadores, tem o objetivo de levar ações e mensagens pacifistas para os 44 mil alunos matriculados na rede municipal, como também aos familiares e amigos.
A reportagem traz depoimento da professora Criseilane Menezes, conhecida por Cris. Para ela, a paz torna-se possível quando cada aluno passa a respeitar sua vida, independente de religião. Ela destaca que ensinam que paz é também respeitar o meio ambiente, o livro, os amigos e a si mesmo, mas que o segredo para que haja uma cultura de paz, é reconhecer e aprender que cada um tem os limites que devem ser respeitados.
Essa reportagem me faz lembrar a campanha do governo da Bahia, que considero equivocada e que vem sendo desenvolvida desde o Carnaval sob o slogan “A Bahia na luta pela paz”. Esse título me incomodou desde a primeira vez que o vi em outdoor. Quem quer paz não LUTA por ela, mas PROMOVE ações pacifistas. E a experiência do Ceará, como esta de Maracanaú, e a de mediação escolar, com o mesmo objetivo de estimular a paz, deveriam ser seguidas por todos.
E você, conhece alguém ou alguma instituição, pública, privada ou ONG que esteja desenvolvendo algo de bom? Então envie sua informação através de um comentário neste post. Faça parte da Corrente da Mídia pelo Bem.
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