Chove forte em Salvador. Enquanto as ruas vão ficando alagadas, os corações de amigos, familiares e leitores do querido jornalista Jânio Lopo ficam apertados de tristeza: Jânio sucumbiu a um infarto no início da tarde desta sexta-feira, 5 de março de 2010. Como chuvas fortes deixam marcas por onde caem, a partida de Jânio Lopo deixará uma grande lacuna no jornalismo político da Bahia.
Conheci Jânio Lopo quando comecei a trabalhar na Tribuna da Bahia, em setembro de 1989, levada por Jadson Oliveira, hoje um jornalista sem fronteira. Eu era repórter da Geral, recém chegada a Salvador, e ele repórter especial de Política, junto com Joana D'Arc, Mônica Bichara, tendo como editora Carmela Talento.
Ao longo desses 20 anos aprendi a admirar esse companheiro, que resistiu na defesa de uma linha política até mesmo quando os próprios políticos esqueciam de que lado estavam. Quando passei a cobrir política, já com Aroldo Aquiles como editor, nos idos de 1986/1986, Jânio já assumia a coluna Raio Laser. Conquistou respeito e credibilidade. Mas dinheiro, remuneração condizente com a sua responsabilidade, experiência e credibilidade....não tenho notícia.
Jânio sucumbiu a um infarto. Algo esperado duplamente. Primeiro, por ser jornalista com múltiplas tarefas: colunista e editor de política da Tribuna da Bahia e sócio do site de notícias Política Hoje, lançado em 2009 mas que substituiu o anterior site que levava o seu nome. Segundo, por fumar igual ao Caipora e ter bebido anos a fim. Esse trio junto é mortal.
Sabemos que nada vida nada nem ninguém é insubstituível. Alguém pode não fazer algo da forma do outro que se foi, mas pode fazer diferente. Mas Jânio Lopo fará falta, deixará uma lacuna em nossas mentes que acompanham os seus artigos e em nossos corações, que nutriam grande carinho por ele. Sauas letras, escritas por décadas na Tribuna da Bahia e, mais recentemente, no Política Livre, já o imortalizaram.
Até qualquer dia, Jânio.
Jânio Lopo, filho,avô, irmão,pai, marido, tio e amigo vai deixar uma lacuna muito grande nas nossas vidas e nas vidas dos seus leitores. Homem alegre, que nunca se queixou da vida, leve consigo a estima, o amor, o carinho, a saudade e a esperança que um dia estaremos juntos outra vez. Sua sobrinha, Ana Rita Dantas
ResponderExcluirBelo texto, Vanda. O mais sensível que li até agora sobre o nosso Janinho. Ele ficaria muito grato. Muito obrigada.
ResponderExcluir