Fiquei mais uma vez preocupada com o propósito e a eficácia dos projetos que o Ministério da Justiça, através do Pronasci, está desenvolvendo e desenvolverá em parceria com outras instituições, como Defensoria Pública, Ministério Público, Tribunal de Justiça e outros.
Como vocês viram no meu perfil, sou jornalista (POR FORMAÇÃO E VOCAÇÃO) com MBA em Mídia e Comunicação Integrada. Antes mesmo do MBA já procurava, como autodidata, informações para entender a comunicação em um a visão ampla, que não apenas a de repórter. Uma visão de comunicação institucional, corporativa. Isso abre nossos olhos e nossa mente; consequentemente acabamos percebendo coisas que passam em branco para outros.
Fui ao lançamento do Território da Paz em Salvador. Saí com duas preocupações.
1) Se este primeiro território é para a comunidade do Beiru (oficialmente Tancredo Neves), porque o evento ocorreu em Narandiba?
2) Este é ainda mais grave, dentro da minha percepção de comunicóloga: no palco, em três fileiras de cadeiras, foram subindo autoridades. Enquanto na primeira fila, junto ao governador Jaques Wagner e o ministro Tarso Genro, estavam o vice governador e os secretários estaduais de Segurança Pública, Justiça, Promoção da Igualdade e Casa Civil, entre outros, a líder comunitária do Beiru, dona Norma Ribeiro, foi colocada na última fileira (nem mesmo aparece nas fotos). É certo que ela teve voz - uma excelente voz de líder, diga-se de passagem - mas para quem sabe ler nas entrelinhas, ver que o projeto corre pelo avesso.
Não sei se isso foi decisão do cerimonial do MJ ou da Governadoria. Mas, politicamente, foi equivocado. Aliás, foi politicamente proposital, pois não.
Querida Vanda, pelo que sei, a única iniciativa de cima para baixo que realmente dá certo é a Providência divina. O mais é pano de fundo para aparecimentos sem crescimento. Mas a gente deve sempre acreditar nos homens, embora as intenções nem sempre sejam as melhores...
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