Como coloquei na confabulação anterior, hoje, 7 de abril, é o dia dedicado aos jornalistas. Só quem escolheu e exerce esta profissão sabe que é preciso muito amor, vocação, dedicação. Muitos, contudo e infelizmente, consideram que é preciso apenas esperteza e saber usar das estratégias de manipulação para alcançar seus objetivos - sejam ele de poder, de lucro, de vaidade, coisas assim.
E hoje, no Dia do Jornalista, o meu dia, gostaria de estender a homenagem para alguém que tem sido incansável na sua paciência, no seu carinho, na sua dedicação, na sua atenção. Alguém que tem conseguido aliviar o estresse que acumulei durante o dia ao me receber, todas as noites, muitas vezes mais tarde do que eu gostaria, com um abraço acolhedor que diz sem palavras " relaxe, estou aqui com você". Alguém que tem sido o meu porto seguro e que me permite recarregar as baterias para o dia seguinte, me permitindo retomar o trabalho que amo - mas que desgasta - todos os dias, renovada com o abraço e o beijo que me oferece todas as manhãs, ao sair também para a sua jornada - que não é de jornalista (ainda bem!!). Quero deixar minha homenagem registrada aqui, com um agradecimento sincero pelo amor concedido nessas duas décadas que estamos juntos. Valeu, Roberto.
O jornalista vive sob um estresse contínuo. Muitos são os vitimados por infartos e outras doenças, cardíacas ou não. Nem nos permitimos ter tempo para ir ao médico com regularidade. Ainda somos mal remunerados, apesar da importância do nosso trabalho para a consolidação da cidadania, da democracia. Ainda somos incompetentes para nos impor como profissionais qualificados, com formação superior, como cidadãos que investem, infinitamente, no conhecimento - seja com assinaturas de revistas/jornais, seja com pós graduações, MBAs, mestrados, doutorados. Ainda assim, comoos professores, não somos reconhecidos e continuamos nos alimentando de um status que não enche barriga.
Muitos de nós tem dois ou mais empregos; muitos vivem de "freelas"; muitos desabam na depressão por não alcançaram seus objetivos, nem mesmo o de ter uma casa própria ou um carro para se deslocar com mais facilidade (se os engarrafamentos cada vez maiores deixarem); nem mesmo ter uma matéria a redigir.
Somos a profissão do estresse que continua encantando a tantos jovens. Mas somos também os profissionais que precisam de paz, pelo menos em algum momento.

Aos meus colegas, que vocês se permitam receber o carinho daqueles que estão ao seu lado. Faz um bem enorme, tenham certeza.
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