"Não tenha muita ética, não se pode ter tanta neste ramo". Não acreditei quando li este trecho de uma reportagem de duas páginas no Jornal da Metrópole com Marconi de Souza, jornalista e advogado, ao falar sobre o jornalismo. Já confabulei com vocês sobre moral e ética aqui no Forquilha e não poderia deixar de fazer isto novamente.
Acompanhei as polêmicas reportagens de Marconi de Souza quando ele estava no jornal A Tarde. Mas só o conheci pessoalmente recentemente, como assessor de imprensa da Associação dos Defensores Públicos da Bahia (hoje é assessor jurídico, se não me engano). Nunca conversamos sobre ética, seja ela profissional ou pessoal. Daí o meu espanto.
Em minha avaliação, não se pode ter muita ou pouca ética, em qualquer que seja a atividade. Para mim, ou se tem ética ou não tem. Não dá para ficar em cima do muro. E no exercício do jornalismo não pode ser diferente. Assim como no exercício do advocacia, da medicina, da engenharia... Temos, inclusive, o Código de Ética dos jornalistas brasileiros, que não é seguido por todos os colegas, é evidente.
Se decidimos ter menos ética em um momento e mais ética em outro, não temos moral para cobrar uma conduta séria de quem quer que seja.
Segundo a Filofosia, a ética, que teria surgido com Sócrates, investiga e explica as normas morais, pois leva o homem a agir não só por tradição, educação ou hábito, mas principalmente por convicção e inteligência. Ou seja, enquanto a Ética é teórica e reflexiva. E se temos a capacidade de refletir, temos chances de sermos éticos por inteiro e não só um pouco.
Qual a sua opinião sobre isso? Confabule comigo.
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