Renato casou com Fabiane e teve um filho. Depois o amor parece ter acabado, veio o divórcio e a disputa pela posse da criança, e 5 anos, como se objeto fosse. A mãe ganha a guarda e o pai decide que o filho só poderá ser feliz com ele; portanto, se não pode ficar ao seu lado, melhor não viver. Nem o filho, nem o pai, que não suportaria viver sem o filho. Renato mata o filho e tira a própria vida. Ele não soube conviver com a proibição.
Esse não é um roteiro fictício; é fato real divulgado na noite de ontem e ocorreu em São Paulo. O pai era advogado e professor da Universidade de São Paulo - USP. E a sua história deveria fazer com que refletíssemos sobre a importância da inteligência emocional para lidar com os reveses da vida.
Muitos problemas começam com relações que são percebidas por todos que estão de fora como algo que não dará certo. O casal não se entende, briga desde o início do namoro, mas insiste, só pelo fato de não gostar de enfrentar uma recusa, uma renúncia, um não como resposta à sua intenção de conquista.
Mas creio que o problema, novamente, começa na família, a base de tudo. Muitos de nós, adultos, pais naturais ou emprestados não consegue dizer não aos filhos. Consequentemente, estes seguirão pela vida sem conseguir aceitar um não, embora a vida vá lhe oferecer vários.
Renato não aceitou o não da Justiça, o não da vida, e decidiu, como se Deus fosse, retirar-se de cena levando com ele o pivô da disputa: seu filho.
Qual sua opinião? Você sabe aceitar um não?
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