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Diploma para jornalista em julgamento

Na próxima quarta-feira, 01/04, o Supremo Tribunal Federal (STF) vai julgar a ação do Ministério Público Federal, que pede a extinção da obrigatoriedade do diploma de jornalistas. Desde novembro de 2006, por causa de decisões de juízes que deram ganho de causa para pessoas que trabalhavam em veículos de comunicação, profissionais que já atuam na área mas não têm diploma podem exercer o jornalismo. Alguns dos que ganharam a causa eram motoristas, faxineiros...
O presidente da Federação dos Jornalistas, Sérgio Murilo, lembra bem que as profissões evoluem: " Antigamente a advocacia não exigia diploma. As escolas de medicina surgiram a partir de um certo momento de desenvolvimento da humanidade. A atividade jornalística, que tem repercussão pública, precisa conter exigências maiores."
Murilo acredita que se o STF fizer um julgamento rigorosamente técnico, não tem como não acompanhar a decisão dos tribunais inferiores, que sempre foram a favor da manutenção do diploma: "Se prevalecerem outras motivações e interesses, aí de fato se corre risco. Não acredito que o STF faça isso”.
Sou jornalista por formação. Atendi o meu desejo, a minha vocação despontada desde criança, como destaquei em carta encaminhada aos ministros do STF em setembro do ano passado. Muitos outros profissionais defendem a manutenção do direito conquistado, da valorização do investimento financeiro, intelectual e pessoal que fez para se fazer apto a desempenhar um papel previsto em lei, como o fez o jornalista e professor Edson Luiz Spenthof, presidente do Fórum Nacional de Professores de Jornalismo (FNPJ), em Carta aberta do FNPJ aos ministros do STF.
Desejo firmemente que o bom senso e a justiça paire sobre os integrantes do STF - quero meu diploma mantido.

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