Depois de assistir ao último filme protagonizado por Will Smith, Sete Vidas, senti martelar dentro de mim a questão da ética pessoal. É ético exigir a lealdade daqueles que nos amam mesmo que para isso essas pessoas tenham que ferir sua própria ética? É ético você, por amor e lealdade, omitir das demais pessoas uma informação que lhe foi confiada sobre um erro que ainda será cometido?
Vivendo um drama pessoal, onde não consegue conviver com a culpa pela morte de sete pessoas, o personagem Ben Thomas faz um pacto com o amigo Dan. O amigo bem que tenta escapar do planejado, mas é cobrado na sua amizade, na sua lealdade. O filme, dirigido por Gabriele Muccino, o mesmo que dirigiu Em busca da felicidade, mexe conosco. Ben tenta compensar as sete vidas perdidas ajudando outras sete vidas, desde que elas mereçam.
Mas meu ponto de confabulação é sobre o pacto de ajuda e de silêncio com o amigo. Tenho o direito de fazer um acordo quase unilateral com alguém que me ama, mesmo sabendo que esta pessoa vai sofrer? É ético ? Fiquei me questionando se eu seria capaz de passar por sobre os meus princípios, sobre os meus sentimentos para ajudar alguém como Dan faz com o amigo Ben Thomas. E não consegui chegar a uma conclusão. Quando acaba o meu direito e começa o de quem amo? Quando acaba o direito de quem amo e começa o meu?
Está sem entender nada? Como não quero dizer detalhes do filme, que estreou em dezembro passado nos cinemas e tem muitas gente que não viu, convido você a assisti-lo e confabular comigo.
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