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Ontem, Francesco Gnasci Bruno, psicólogo social e Prênio Nobel da Paz 1985, disse em Salvador que o amor é o maior nível de segurança que o ser humano pode ter. Que o desamor é a maior deformidade da humanidade. Ele era o convidado especial do ECA 18 - Congresso da Infância e Juventude: Proteção Integral Sempre, que reuniu operadores do Direito no Centro de Convenções da Baha, e sua palestra magna abordava as principais causas dos problemas psicosocial enfrentado pelas crianças e adolescentes.

Levei a sua avaliação para a reunião doutrinária do Instituto Espírita Boa Nova. Bruno diz que mães e pais não sabem amar suas crianças. Não sabem - não sabemos - entender suas necessidades e suas potencialidades. Confundimos amor com beijinhos que nem sempre vêm acompanhados de compreensão, paciência, tolerância... limites.

Entendo que, para amar, precisamos nos amar. Precisamos ter sido amados.
Entendo que, se o amor em família é a base de tudo, os governos têm jogado dinheiro fora ao investir apenas na instrução. Temos que investir em trabalhos psicosociais juntos aos pais - desamados - para que eles aprendam a amar seus filhos. Um investimento a longo prazo mas que, tal qual o Francesco Bruno, acredito que dará mais resultado que investir em armas para combater a violência.

Tereza Cristina A. Ferreira, defensora pública por vocação e hoje defensora pública-geral, compartilha desse conceito e investe em uma campanha, com o apoio do cantor Durval Lélis, para conscientizar os homens que eles têm o direito de curtir o orgulho de ser pai. A Defensoria oferece o este de DNA gratuito. Sobre isso falarei em outro momento.

Planejar a vinda do filho é um primeiro ato de amor. Reconhecer o filho é consequência natural da responsabilidade.

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