Ontem saí com meu namorado-marido e, mesmo atentos um ao outro, não pudemos deixar de observar os outros... observar os estilos tão diferentes de casais.
Teve aquele, na faixa dos 50-55 anos, onde o homem entrou no local mantendo pelo menos três metros de distância da mulher que acompanhava; sentou na mesa e esperou por ela sentado. O amor, mesmo que não estivesse no mesmo limiar do início, poderia ter deixado espaço para a gentileza, pois não?
Um outro casal, mais jovem, na faixa 25-30, destoava na vestimenta. Ela se preparou para o Dia dos Namorados e se arrumou com cuidado. Ele, vestia bermuda e camisa regata estilo machão ( a menos cavada, mas sem manga). Tudo bem que moramos em um país tropical, em uma cidade litorânea, mas não entendo porque muitos homens insistem em se vestir igual para ir a qualquer lugar: sempre como se fosse à praia ou a um churrasco no quintal.
Um outro casal, mais novinho, mas também acima dos 20, com alianças no anular direito, chegou de bermuda e sandália rasteira, de dedo. Ela, certamente, optou por não se frustar e preferiu ver como o noivo a pegaria para a noite do Dia dos Namorados. Vestiu-se igual.
Não pudemos deixar de observar esses casos. E comentamos onde teria começado esse descaso com o " namorar". Na novela o Clone, de Glória Perez, o personagem interpretado por Estênio Garcia - o muçulmano Ali - criticava o estilo dos ocidentais: enquanto os orientais estavam sempre arrumados e caprichavam nessa arrumação para o seu/sua marido/esposa, nós nos arrumávamos para trabalhar e para festas - para os outros, e em casa nos largávamos, tornando-nos menos atraentes para nosso par. À época (2001), concordei plenamente. E ontem confirmei isso. Não estou defendendo a vaidade ou o seguir modismo; falo da importância de nos mantermos atraentes para quem queremos ter ao nosso lado. Há momento para tudo e a comemoração de um Dia dos Namorados merece uma produção, mesmo que pequena. É bom lembrar que o amor tem de ser alimentado diariamente com atenção, carinho e dedicação ( não submissão). E arrumar-se para estar com o outro é fundamental, independentemente do tempo em que este ( ou esta) esteja ao seu lado.
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