A polêmica está formada em Pernambuco por conta da decisão da Secretaria de Saúde distribuir pílulas do dia seguinte para mulheres - adolescentes, jovens ou adultas. A Igreja diz que estimula o crime do aborto. O secretário diz que é prevenção à gravidez precoce. Prevenção?!
Não sou, nem de longe nem de perto, puritana. Tampouco sou libertina, como se dizia nos tempos mais antigos que os meus. Mas acho que está havendo um equívoco: prevenção, em meu entendimento, se faz com educação. Educação se faz com campanhas, com palestras, com conversa. Usar a pílula do dia seguinte é igual a você comer até morrer, gulosamente, depois ficar com a consciência pesada e meter o dedo goela abaixo.
Já fui, é bom que se frise, defensora do aborto. Achava que a mulher tinha direito a fazer o que bem entendesse com o seu corpo e sua vida. Continuo achando que esse direito ela continua tendo, até porque todos nós temos o livre arbítrio e por ele devemos assumir o ônus e o bônus das nossas ações. Mas, depois de começar a estudar o espiritismo, mudei minha opinião sobre o aborto.
Se é para prevenir gravidez precoce, por quê não a tradicional distribuição de camisinhas? Aí, sim, é uma medida preventiva. Desde que os agentes de distribuição não fiquem desperdiçando camisinha, fazendo-as de bola de sopro em plena avenida, como já vi várias vezes na Avenida Sete, em Salvador.
Outra coisa, a pílula do dia seguinte após o sexo sem camisinha no carnaval vai impedir a gravidez, mas não "pegar uma doença". Que a festa seja de curtição, de beijos, de amassos, de...é festa. Mas é bom lembrar que o dia seguinte na nossa vida nem sempre tem pílula para expulsar a consequência do que fizemos.
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