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O que ser quando CRESCER?



Quando adolescente, sempre tive muito orgulho de ser natural de Paulo Afonso-BA. Quando zombavam, perguntando se a cidade estava no mapa, eu e outros pauloafonsinos respondíamos que não apenas estávamos no mapa - fazendo divisa com Alagoas, Sergipe e Pernambuco, mas éramos da " capital da energia", que enviava energia pra todo o Nordeste a partir das suas usinas hidroelétricas - PA I,II, III e IV e Apolônio Sales.

Hoje, depois de tantos anos, continuo tendo orgulho da minha terra e gratidão à Companhia Hidroelétrica de Paulo Afonso - CHESF, que permitiu a mim, a meus irmãos e a tantos amigos, o acesso a uma educação de qualidade. Nossos pais não pagavam mensalidades, apenas a farda e os livros. Tínhamos excelentes professores, educação física e profissionalizante de primeira qualidade. Infelizmente a nova geração de P.A. não tem mais esse benefício.

Lembrei do meu orgulho e ressalto-o aqui ao ler uma matéria do Folha On line do dia 31/07, onde é apresentada uma pesquisa feita pela empresa Teenager Assessoria Profissional com alunos do 3º ano do Ensino Médio de um colégio em São Paulo. Dos entrevistados no primeiro semestre deste ano, 32,54%, ainda estavam indecisos sobre a profissão que escolheria, e 24,26%, não tinham idéia do que prestar no vestibular. Uma diretora de escola diz, na matéria, que " Para os alunos que ainda estão entre algumas opções de profissão, o melhor é buscar informações sobre os cursos". Se fizer pesquisa em todos os colégios, o quadro deverá ser o mesmo.

Pois bem: no Colepa, Colégio do SPEI (CHESF), a partir do 1º ano do Ensino Médio (na época, chamávamos de básico), tínhamos aula de OE - Orientação Educacional com a professora Rocilda, onde fazíamos um teste vocacional e, a partir do resultado, pesquisávamos sobre as três profissões que tínhamos mais vocação ( o vestibular tinha três opções também). Olhe que naquele tempo a pesquisa era limitada a uns guias profissionais editados e distribuídos às bibliotecas, com atribuições e média salarial, entre outras informações. Hoje a coisa é muito mais fácil: pela internet não apenas se consegue essa informação como pode conseguir outras, com mais detalhes, através das inúmeras comunidades do orkut e outros grupos do gênero.

Não consigo entender porque tive ensinamentos tão bons há 29 anos e hoje, com a tecnologia a favor de todos, não se consegue o mesmo efeito. A mim não convence falar de que é muito cedo para escolher entre os 16 e 18 anos. Quando quis ser jornalista eu tinha 7 anos, acreditem. Claro que perto do vestibular fiquei dividida entre Direito e Arquitetura, mas o Jornalismo venceu. A Comunicação venceu e continua valendo para mim, profissionalmente.

Se o jovem tiver interesse, até testes vocacionais encontrará gratuitamente na web. É só parar de baixar música e vídeos um pouquinho, usar um pouco comunidade do Orkut e outros sites para buscar informações e descobrir coisas muito boas. Verá que dá pra fazer o que gosta, gostando do que faz.

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