Esta confabulação escrevi no Dia dos Namorados e, por algum erro meu, não consegui publicá-la. Descobri agora (vixe, maria!) que estava salva como rascunho. Coloco-a, então, para leitura de vocês. 15/06/2007
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Hoje acordei sem vontade de procurar ou saber de notícias. Não quero saber de operações da PF, não quero saber de CPIs que não servem pra nada, exceto para fazer política, não quero ler sobre declarações daqueles que não têm moral para cobrar atitudes no país porque nunca tiveram coragem de tomar suas próprias atitudes quando na berlinda.
Hoje acordei, como na maioria dos meus dias, feliz. Aquela felicidade serena, gratificante, que enche seu peito de amor, muito amor. Felicidade por abrir os olhos preguiçosamente, girar o corpo no mesmo ritmo preguiçoso, entrelaçar pernas e braços com aquele a quem amo, dar e receber um beijo carinhoso em cada olho e ficar ali, ainda dorminhocos, declarando silenciosamente o nosso amor.
Sinto-me leve e plena em meus quase 45 anos, com uma história de amor de 30 anos, intercalada por uma distância de vidas opostos de 10 anos. Há quase 18 estamos juntos; há 17 renovamos o nosso amor no dia dos namorados e há 5 confirmamos o nosso compromisso civilmente. As contingências da sociedade também se fazem necessárias.
Nosso amor tem sobrevivido a vários presidentes, aos seus planos econômicos, às crises políticas onde o sujo fala do mal lavado. Juntos, temos construído um amor sólido, de companheirismo, de amizade, de tesão. Seguimos à risca a sugestão dos orientais de escolher como companheiro alguém que gostemos de conversar para, na velhice, quando não mais tivermos forças para o sexo, tenhamos o amigo.
Nesse dia, Dia dos Namorados, não poderia deixar de confabular com vocês sobre o amor. Ele existe, acreditem. E é possível, também. Mas desistam aqueles que acham que para amar os dois têm que se tornar um só. O amor é feito de duas pessoas, com suas individualidades, suas personalidades e seus desejos; com o respeito e a tolerância; com a vontade de estar junto mesmo sendo diferente, embora não tão diferentes - algo em comum sempre terão. É assim que eu procuro ser com o homem que amo. Seu nome: Roberto.
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