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Eu e o Papa

A cada dia vamos constatando como nosso pensamento muda, como muda também o nosso comportamento. Tenho acompanhado a cobertura da visita do Papa Bento XVI ao nosso País e percebo que os meus valores em muito foram transformados.
Em 1980 (então com meus 18 anos), durante a primeira visita do Papa João Paulo II, eu morava no Recife. Como tiete fui para o Estacionamento Joana Bezerra (muito grande e aberto) ,acompanhada do meu amigo pauloafonsino Sérgio Vital; tínhamos que ver o Papa. Saímos cedinho para tentar um lugar próximo ao palco, levando em uma mochila frutas, água mineral e biscoitos. Afinal, não tínhamos hora pra voltar e nem dinheiro para comprar lanche. Naquele momento eu ainda me dizia católica e ia para a missa todos os domingos. Ver o maior representante da Igreja Católica era muito emocionante. Foi muito emocionante.
Depois, já em Salvador, em 1991, fiquei novamente emocionada. Desta vez eu acompanhava a vinda do Papa João Paulo II como profissional da imprensa. Foi muito bom aquele momento. Podem rir, mas guardo até hoje o crachá de identificação que me aponta como repórter da Tribuna da Bahia.
Voltando ao ponto inicial: porque e em que mudei? Mudei no modo de ver o Papa. Não sei se porque o atual não tem o mesmo carisma (na minha opinião) de João Paulo II ou porque hoje estudo a doutrina espírita. Não o vejo como "aquele que vai trazer a paz"; talvez como aquele que traga mensagens de paz. Permitir e trazer a paz para onde vivemos é uma responsabilidade nossa, individualmente. Nem mesmo é a responsabilidade de Deus. O que cada um de nós vem fazendo para garantir a paz, a começar pelo seu lar?
Não sinto emoção com a sua presença, mas entendo aqueles que estão emocionados. Que cada um, contudo, tenha a coragem de seguir o seu coração e fazer a sua parte para garantir a paz.

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