No almoço do Domingo de Páscoa, na casa da família do meu marido, uma discussão tornou-se acirrada por causa da sujeira nas praias. Eu comentava que tínhamos ido ao Hiper Ideal, em Patamares, caminhando pela praia e ficara surpresa de ver que a praia, de Piatã a Patamares, apesar de ter muita gente, estava praticamente limpa. Quando falo praticamente, é porque dói caminhar na praia no final de semana e ver a sujeira que ocupa a faixa de areia entre as barracas e o mar. Tem frascos de bronzeador, água oxigenada... Até fralda descartável e absorvente tem pela areia. Um da família disse que NÃO!!! A praia não podia estar limpa, porque ele passou por lá às oito e pouca e estava suja. A prefeitura não tinha limpado, argumentou. Bom, disse eu, como passamos lá depois das 11 horas, se a prefeitura não limpou, os barraqueiros limparam. E aí começou o imbróglio.
Para ele, barraqueiro já paga para estar ali e quem tem obrigação de limpar é a prefeitura. Para mim, o barraqueiro, independentemente de pagar taxa ou não, tem obrigação de recolher a sujeira resultante do que vendeu: coco, refrigerante em lata, farrafinha de água mimeral e pets ... Se tem baiana do acarajé diante da sua barraca, que a faça recolher os pratinhos e papéis do produto que vendeu. Até mesmo os papéis de picolé e salgadinho.
Para ele, cidade limpa é a que mais se limpa. Para mim, é a que menos se suja. Para ele, sujar é cultural e não vai mudar. Para mim, é questão de educação - falta de educação, principalmente doméstica - e pode e deve mudar, basta querer. Se é o pobre que suja, é porque ele não tem noção do que o lixo pode causar (mesmo que lote os postos de saúde por doenças causadas pela falta de higiene). Se é o que tem dinheiro, como os donos de carrões que jogam lixo pela janela, é porque ele se acostumou a ter, em casa, alguém que saia limpando toda a sua sujeira. Ambos não foram orientados a não sujar.
E é só o Poder Público que tem que pagar? Este poderá trabalhar com campanhas educativas, com a participação dos barraqueiros e de ongs. Mas, como a consciência só acorda quando pesa no bolso...
Para ele, barraqueiro já paga para estar ali e quem tem obrigação de limpar é a prefeitura. Para mim, o barraqueiro, independentemente de pagar taxa ou não, tem obrigação de recolher a sujeira resultante do que vendeu: coco, refrigerante em lata, farrafinha de água mimeral e pets ... Se tem baiana do acarajé diante da sua barraca, que a faça recolher os pratinhos e papéis do produto que vendeu. Até mesmo os papéis de picolé e salgadinho.
Para ele, cidade limpa é a que mais se limpa. Para mim, é a que menos se suja. Para ele, sujar é cultural e não vai mudar. Para mim, é questão de educação - falta de educação, principalmente doméstica - e pode e deve mudar, basta querer. Se é o pobre que suja, é porque ele não tem noção do que o lixo pode causar (mesmo que lote os postos de saúde por doenças causadas pela falta de higiene). Se é o que tem dinheiro, como os donos de carrões que jogam lixo pela janela, é porque ele se acostumou a ter, em casa, alguém que saia limpando toda a sua sujeira. Ambos não foram orientados a não sujar.
E é só o Poder Público que tem que pagar? Este poderá trabalhar com campanhas educativas, com a participação dos barraqueiros e de ongs. Mas, como a consciência só acorda quando pesa no bolso...
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