Conta Newton Simões, coordenador mediúnico do Instituto Espírita Boa Nova, que certa vez uma senhora argumentava a favor da pena para alguns crimes, a exemplo do estupro. Dizia ela que alguém que faça um mal desse a uma filha ou filho seu não tem mais direito à vida e perguntou a sua opinião. Newton lhe respondeu com outra pergunta:" E se o estuprador for o seu filho?". A mulher, de imediato, ficou sem resposta, para logo em seguida rebater que um filho dela jamais faria isso. Lembrei desse caso ao ver o resultado da pesquisa Datafolha, publicada na Folha de São Paulo deste domingo, 8/04. Cinquenta e cinco por cento dos brasileiros são favoráveis à pena de morte. A pesquisa foi realizada nos dias 19 e 20 de Março com 5.700 pessoas em 25 estados brasileiros. Segundo o jornal, desde 1991, quando o Datafolha iniciou a pesquisa sobre a opinião dos brasileiros em relação a pena de morte, o índice favorável à punição nunca foi inferior a 48%.
Pergunto a vocês: como mãe, ou pai, você poderia afirmar que seu filho jamais cometerá um crime? Claro que procuramos acreditar que a semente plantada sobre valores e princípios morais dentro dos nossos lares germine e floresça. Mas a certeza, nunca teremos. Contribuiremos, então, de peito aberto, para a reedição da Lei do Talião, do olho por olho, dente por dente, com a desculpa de reduzir a marginalidade?
Nos Estados Unidos, 39 dos 50 estados adotam a pena de morte. Mas até agora os pesquisadores não conseguem mostrar que haja qualquer relação entre pena de morte e redução da criminalidade. O Estado da Georgia, maior aplicador da pena, tem 20% mais de homicídios que a média americana. Os Estados Unidos, como país, têm 9,8 homicídios por grupo de 100.000 habitantes, enquanto Inglaterra, que já deixou de aplicar a pena, tem apenas 1,1. No Canadá, que tinha média de 3,4, depois de sua abolição (1983) caiu para 2,4. Talvez por isso, por ser insuficiente, 16 Estados norte-americanos, vizinhos de outros com pena de morte, nunca a adotaram, e outros países, como a França, a Alemanha Ocidental e a Itália, fizeram o mesmo que a Inglaterra e o Canadá.
Pergunto a vocês: como mãe, ou pai, você poderia afirmar que seu filho jamais cometerá um crime? Claro que procuramos acreditar que a semente plantada sobre valores e princípios morais dentro dos nossos lares germine e floresça. Mas a certeza, nunca teremos. Contribuiremos, então, de peito aberto, para a reedição da Lei do Talião, do olho por olho, dente por dente, com a desculpa de reduzir a marginalidade?
Nos Estados Unidos, 39 dos 50 estados adotam a pena de morte. Mas até agora os pesquisadores não conseguem mostrar que haja qualquer relação entre pena de morte e redução da criminalidade. O Estado da Georgia, maior aplicador da pena, tem 20% mais de homicídios que a média americana. Os Estados Unidos, como país, têm 9,8 homicídios por grupo de 100.000 habitantes, enquanto Inglaterra, que já deixou de aplicar a pena, tem apenas 1,1. No Canadá, que tinha média de 3,4, depois de sua abolição (1983) caiu para 2,4. Talvez por isso, por ser insuficiente, 16 Estados norte-americanos, vizinhos de outros com pena de morte, nunca a adotaram, e outros países, como a França, a Alemanha Ocidental e a Itália, fizeram o mesmo que a Inglaterra e o Canadá.
Como espírita, concordo com Sérgio Biagi Gregório, que em seu artigo no Portal do Espírito diz que “Os números estatísticos mostram os efeitos. Mas a causa da criminalidade fica obscura. Somente um estudo acurado da personalidade humana pode oferecer-nos uma pista segura ao entendimento da questão. Nesse sentido, a crença na existência e preexistência da alma tem grande peso. Pela teoria da reencarnação, o criminoso é um ser que traz dentro de si uma tendência ao crime. E é essa tendência (causa) que deve ser modificada, a fim de eliminar o efeito.”
Será que estamos fazendo alguma coisa para modificar essa tendência que talvez possa existir em nossos próprios filhos? Será que o Estado está fazendo alguma coisa para modificar essa tendência em nossas crianças?
E você, o que pensa? Confabule comigo.
Prezada Vanda. Sua ponderação em relação a pena de morte vista pelos pais do criminoso me parece correta, pois é natural que nenhum pais gostaria de ver seu filho ser condenado a morte por mais hiudiondo que seja o crime praticado. Porém, no meu entender, a pena de morte deve ser vista pelo prisma da sociedade como um todo. O crime idiondo, como latrocinio entre outros, causa dano a sociedade e não somente a vitima e sua familia. A pena de morte pode não diminuir a criminalidade, mas retira da sociedade de forma definitiva o criminoso nato.Claudio Stella claudio_stella@hotmail
ResponderExcluirOi, Claudio. Compreendo sua opinião, embora não concorde com ela. Não sei qual sua crença religiosa, mas sou espírita, como você deve ter visto em meu perfil. Como tal, não acredito na pena de morte ou grupos de extermínio como solução para a questão da violência, por um motivo: acredito na vida após a morte. A partir desse entendimento, acredito que não mudamos apenas porque desencarnamos (morremos). Só começamos a mudar - ou evoluir, quando nossa consciência desperta. Então, retirar da sociedade de forma definitiva o criminoso nato através da morte pode complicar ainda mais. Um criminoso morto pode provocar muitos danos à sociedade. O mal existe, assim como o bem. E na outra dimensão eles ganham outra força. No caso do mal, pior porque está "protegido" pela invisibilidade. Com o cuidado dos pais, ou dos cidadãos como um todo, podemos não conseguir mudar essa situação com os adultos, mas poderemos contribuir para evitar que um número maior de crianças sja cooptado, seduzido pelo crime - pelo mal. Um abraço.
ResponderExcluirBoa tarde Vanda.
ResponderExcluirAgradeço sua resposta, e a respeito.
Também sou espirita e entendo tudo que voce argumentou. Porém também sou advogado militante, pai de dois filhos e já presencei muita violencia gratuita. Como voce sabe existem criminosos natos e os habituais. Os natos são normalmente psicopatas, e estes entendo que devam ser internados. Porém os habituais, que matam, violentam de forma futil, como no caso divulgado ontem na televisão, quando dois marginais invadiram uma casa ocupada por uma Sra. de 80 anos. Eles a agrediram com facas, socos e pontapés, e somente não a mataram porque a policia chegou a tempo. Assim quando falo que estas pessoas deve ser retiradas do convivio da sociedade de forma definitiva, já que nada nos trazem senão a dor e insegurança, falo como ser humano em nome de uma coletividade encarnada e encarcerada dentro de suas próprias residencias. Talvez eu esteja errado, e provavelmente meu conhecimento e desenvolvimento espiritual ainda não atingiram o estado de dar a outra face. Por outro lado, talvez a pena de morte seja muito radical apesar de acreditar nela como meio de retirar estas pessoas de forma definitiva de nossa sociedade, pelo menos como encarnados. Mas se não a pena de morte, a prisão perpetua é mais do que necessária. Vanda, se ponha no lugar de um pai ou mãe, que ve seu filho ser assassinado, violentado gratuitamente, e na sequencia ver o criminoso ser preso, julgado e condenado, para depois de alguns anos, ser solto e voltar a matar e violentar. Frustatante e tremendamente injusto. Desde de pequeno possuo uma medionidade que me permite ver e ouvir nossos irmãos desencarnados, ver doenças e até interferir em algumas para diminuir o sofrimento. Já me foi permitido ver e ouvir muita coisa, e até ter contato com irmaos menos esclarecidos. Mas vivo entre encarnados e, se nossas leis terrenas não forem suficientemente fortes, não acredito que estes espiritos sem luz possam de alguma forma melhorarem. Acredito que se forem presos aqui na terra, terão muito tempo para pensarem no que fizeram, e talvez, retornarem a nosso convivio em proxima reencarnação mais esclarecidos. Mas o que sei?. Vanda agradeço novamente sua atenção. Sou advogado militante e até o ano 2000 mantinha escritório no bairro do Ibirapuera em São Paulo, Capital, mas em razão da violencia mudei para a cidade de Bragança Paulista , São Paulo.
CLAUDIO A P STELLA
Pronto. Temos uma concordância: sou a favor da prisão perpétua, e de que os que cometem crimes hediondos não sejam passíveis de benefícios na Execução Penal, senão perde o sentido, como é atualmente.
ResponderExcluirP.S.- posso postar essa nossa conversa no blog (sem o seu endereço, claro!)? Acho que contribuirá para as próximas pessoas que tenham acesso à postagem.
Um abraço.
Vanda
Bom dia Vanda.
ResponderExcluirInfelizmente hoje os principais jornais do Brasil trazem a morte do cartunista Glauco (Folha de São Paulo) e de seu filho, por provaveis sequestradores que adentraram a noite em sua residencia. Foi morto a tiros da mesma forma que seu filho. Ontem também foi noticiada a prisão de um menor no Rio de Janeiro que teria confessado a morte do lutador de artes marciais no ano passado, que viera dos Estados Unidos passar as férias. O menor, assassino será encaminhado para uma fundação de menores, e no máximo com 21 anos será solto. Talvez devaos como cidadões um pouco mais esclarecidos lutarmos para a mudança de nossa Constituição para que seja permitida a prisão perpetua. Também lutarmos para que menores infratores sejam julgados como adultos se tiverem consciencia de seus crimes, ou como menores se não. Vanda me intristesse ver cidadões uteis a sociedade serem dizimados sem que tal fato comova nossos politicos responsaveis pela manutenção ou mudança de nossas Leis. Não quero acreditar que vivamos em um Pais tão desprovido de consciencia social a ponto de interesses particulares se sobreporem aos coletivos. O interesse da maior parte de nossos representantes politicos é manifestamente pessoal, pois não enxergam a situação calamitosa que vivemos, e veja, não somente na segurança publica mas também na saúde e na educação. Acredite vanda fico triste, pois sozinho pouco posso fazer alem de gritar.
Vanda fico honrado por voce ter respondido minhas considerações , e desde já autorizo a publicação de minha manifestação.
Abraço.
Claudio A P Stella
OK, Claudio. Também fico triste em ver essas notícias e também sou a favor da redução da idade para penalização por crimes. Se pode votar, porque não responder pelo que faz? Postarei nossa conversa hoje.Um abraço.
ResponderExcluirporque não realizar a retirada dos olhos, nunca vi um cego assaltar ou matar ninguém.
ResponderExcluirVixe, Anônimo!!!! Será que o caminho é esse mesmo?
ResponderExcluirpena de morte já, nada mais justo. o cara matou sem ser legitima defesa tem que morrer, pois ele vai matar sabendo, qual o problema, quem defende bandido pra mim é igual a ele.
ResponderExcluirEssas igrejinhas defendem bandidos, delinquentes de menores, grupos espiritas dando de bonzinhos e não combatem a badidagem.
o papel de defender bandido fica para o advogado.
cada um responda pelos seus atos nessa vida, os pais oriente seus filhos e vice versa.
MINHA PREZADA,NÃO VEJO OUTRA SOLUÇÃO QUE NÃO SEJA A PENA DE MORTE, HOJE OS JORNAIS AQUI DE MINAS, NOTICIARAM QUE UM MENOR DE 13 ANOS, ENTROU NA CASA PARA ROUBAR UM VEÍCULO E MATOU MÃE E FILHA, ELE JÁ TINHA 15 PASSAGENS PELA POLÍCIA. UMA AMIGA NOSSA TEVE A SUA CASA INVADIDA POR UM MARGINAL QUE A ESTUPROU NA FRENTE DO FILHO DE 05 ANOS, DEPOIS A AGREDIU E FUGIU. DEPOIS DO OCORRIDO ELA JÁ SE DEPAROU COM O BANDIDO POR DUAS OCASIÕES, SOLTO ANDANDO LIVREMENTE PELA RUA. AGORA VOCÊ VEM COM ESSE MORALISMO DE QUE SE O BANDIDO FOSSE UM FILHO SEU O QUE FARÍAMOS.
ResponderExcluirNOS DOIS CASOS QUE CITEI, ENTRE AS CENTENAS, MILHARES DE CASOS ONDE O CRIME É HEDIONDO, COMO FICAM AS FAMÍLIAS DAS VÍTIMAS. VOU DIZER A VOCÊ E A ESSA MEIA DÚZIA DE DE IMBECIS DEMAGOGOS, AS FAMÍLIAS FICAM DILACERADAS, ELAS MORREM JUNTOS COM SEUS ENTES, VIVEM COMO ZUMBIS. NO CASO DE ESTUPRO, AS CICATRIZES VÃO SER CARREGADOS ALÉM TÚMULO. ATÉ QUANDO A SOCIEDADE VAI PASSAR AS MÃOS NA CABEÇA DE BANDIDOS.
PENA DE MORTE JÁ!!!
Oi, Renato. Entendo sua posição. Mas vamos por cada ponto. Não considero moralismo puxar uma discussão. Acho importante pensarmos sim, se fosse nosso filho. Sempre pensamos diferente quando é nosso sangue. A segunda chamada à reflexão que fiz é se, como pais, estamos fazendo o certo para contribuirmos para que nossos filhos não sejam seduzidos e tragados pela criminalidade. Além disso, em vários estados norteamericamos que tem pena de morte volta e meia temos notícias de que, depois da morte do condenado, descobriu-se que era inocente. Mas quem sou eu para tirar o seu direito de defender a pena de morte. Democracia e livre arbítrio é isso. Um abraço.
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