
Para estrear o FORQUILHA, optei por confabular sobre o tema Educação. Lendo notícias na web das duas últimas semanas, uma me chamou a atenção. Segundo notícia publicada na Folha de São Paulo, no último dia 6, o governo do Estado de São Paulo vai mudar o sistema de reprovação dos alunos da rede pública a partir de 2008: haverá quatro ciclos de dois anos no ensino fundamental e, ao final de cada um, o aluno poderá ficar retido. Hoje, são dois ciclos de quatro anos, ao final dos quais o aluno pode ser reprovado e repetir um ano. O objetivo é detectar falhas de aprendizado e corrigi-las a tempo. A TEMPO? Que tempo? A secretária da Educação do Estado de São Paulo, Maria Lucia Vasconcelos, acredita que, avaliando o aluno em períodos mais curtos, as lacunas de aprendizado serão localizadas e corrigidas antes.
Confabulando com meus botões, resta-me a impressão que os educadores, em busca de estatísticas limpas e estimulantes, esqueceram a noção de tempo, de agilidade. E sinto falta do conceito de tempo que tinham as minhas professoras do primário e do ginásio (hoje Ensino Fundamental) no Colégio Paulo Afonso /SPEI, mantido pela CHESF em Paulo Afonso. De 1970 a 1977, período em que terminei o 1º Grau, as lacunas eram identificadas imediatamente no desenrolar das unidades. As recuperações eram semestrais e quando não se conseguia corrigir o aluno não tinha alternativa: precisava "tomar pau" ( ser reprovado) para dar mais uma chance de sua mente absorver o conteúdo.
Há pelo menos uns 10 anos a orientação mudou. A regra passou a ser aprovar, mesmo que o professor tenha a consciência de que o aluno nada aprendeu e não tem capacidade de ir para uma série mais adiantada. Entre os objetivos tinha o de aumentar a auto-estima dos alunos fraquinhos. Acho que estimulou foi a certeza de que não precisa estudar, porque ninguém "toma pau".
Não há jeito de não dizer uma expressão que sempre ouvimos dos nossos pais e avós: " No meu tempo não era assim". Chorar sobre o leite derramado não adianta.
Olá amiga! Parabéns pelo blog! adorei seu texto. Realmente um absurdo a realidade da politica utiizada. Interessante seria que o ensino trabalhasse as potencialidades de cada um. De forma específica e com objetividade. Tudo para inserir o indivíduo no sistema de forma planejada, buscando a sustentabilidade do todo. Mas, vamos a luta! Abração! Muita luz para seu caminho!
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