Tive essa confirmação com John E. Burns (EUA), doutor em Administração de Programas de Tratamento de Dependência Química, psicólogo, teólogo e mestre em sociologia que há 30 anos fundou a Vila Serena no Brasil a partir de experiências adquiridas enquanto se tratava, nos Estados Unidos, da dependência do álcool. Depois de assistir pedaços de sua palestra sobre o Smart Recovery, considerado uma ferramenta de auto monitoramento para o dependente, pude conversar com ele, que me garantiu: o caminho para se livrar do vício é a mudança de atitude, de modo de viver.
No caso do adulto (isso considerado por ele como uma pessoa acima dos 18 anos de idade), o caminho é a terapia em grupo. No caso do adolescente, é a oportunidade de tratamento e a garantia da reinserção social. Isso quando falamos de meninos e meninas pobres, porque para os de classe média e alta, a situação é diferente. John Burns diz, no alto da sua experiência, que os adolescentes das classes média e alta tem resistência em mudar; enquanto os pobres não tem como mudar.
Então não bastaria os governantes apenas encararem a dependência química como caso de saúde pública, como defende Ricardo Restrepo. É preciso investir em educação, desporto, moradia, capacitação profissional e oportunidade de trabalho. Caso contrário, lembra Burns, ao sair de um tratamento o jovem voltaria para o mesmo lugar e estaria fadado a se envolver, mais uma vez, com as drogas. Então, não adianta investir em CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) ou ampliação de leitos psiquiátricos para o tratamento da dependência, porque a recuperação para a dependência de qualquer droga depende da mudança de vida; a substância é circunstancial.
Você que está confabulando comigo tem algum tipo de dependência? Está disposto a mudar de vida? Então siga em frente. Se quiser, você consegue.
Na próxima confabulação trataremos da questão dos grupos de pós tratamento da dependência. John Burns considera que os tradicionais grupos de pós tratamento de dependências precisam se atualizar para conseguir contribuir com uma recuperação mais prolongada do adicto, seja ele dependente de drogas lícitas ou ilícitas.
Até lá.
Ter acompanhado na manhã de sexta-feira, 28/10, o VI Simpósio sobre Alcoologia e Outras Drogas, promovido pela Vila Serena Bahia em Salvador, me deu a oportunidade de encontrar eco para outras avaliações que eu já tinha feito através das confabulações no Forquilha, como o combate ao crack e olhos fechados para as drogas. Uma delas é a de que nenhum país vai conseguir tirar seus adolescentes da dependência química se não trabalhar com a reinserção social.
Conversando com o doutor John E. Burns, fundador da Vila Serena no Brasil |
No caso do adulto (isso considerado por ele como uma pessoa acima dos 18 anos de idade), o caminho é a terapia em grupo. No caso do adolescente, é a oportunidade de tratamento e a garantia da reinserção social. Isso quando falamos de meninos e meninas pobres, porque para os de classe média e alta, a situação é diferente. John Burns diz, no alto da sua experiência, que os adolescentes das classes média e alta tem resistência em mudar; enquanto os pobres não tem como mudar.
Então não bastaria os governantes apenas encararem a dependência química como caso de saúde pública, como defende Ricardo Restrepo. É preciso investir em educação, desporto, moradia, capacitação profissional e oportunidade de trabalho. Caso contrário, lembra Burns, ao sair de um tratamento o jovem voltaria para o mesmo lugar e estaria fadado a se envolver, mais uma vez, com as drogas. Então, não adianta investir em CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) ou ampliação de leitos psiquiátricos para o tratamento da dependência, porque a recuperação para a dependência de qualquer droga depende da mudança de vida; a substância é circunstancial.
Você que está confabulando comigo tem algum tipo de dependência? Está disposto a mudar de vida? Então siga em frente. Se quiser, você consegue.
Na próxima confabulação trataremos da questão dos grupos de pós tratamento da dependência. John Burns considera que os tradicionais grupos de pós tratamento de dependências precisam se atualizar para conseguir contribuir com uma recuperação mais prolongada do adicto, seja ele dependente de drogas lícitas ou ilícitas.
Até lá.
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