Gente, Marina e André, que namoraram na adolescência, se reencontraram aos 85 e 87 anos e voltaram a namorar. Adorei a história.
Na semana passada tivemos os festejos para Santo Antônio, considerado um santo casamenteiro. Além das novenas, muita mulher, ao menos nas cidades pequenas, fazem simpatias e adivinhações pra ver se o amor está chegando e quem será. Eu mesma fiz isso quando tinha quase 15 anos e você pode conferir clicando aqui. Mas o tema da minha confabulação não é adivinhações ou simpatias ou novenas para Santo Antônio. Quero conversar com vocês sobre o primeiro amor. Você lembra do seu? Você se manteve junto a ele até agora?
No dia de Santo Antônio encontrei uma amiga no arraiá da Praça Segredos de Itapuã, pertinho da minha casa. Conversa vai, conversa vem, ela me contou que o pai, com 87 anos, está namorando. Verdade? Quem? Voltou a namorar com a primeira namorada, que hoje tem 85 anos. Olha que lindo!! Se eu já achava a minha história super romântica (leia aqui), imagina essa. Como boa canceriana quis saber de todos os detalhes, que compartilho com vocês.
Certo dia o pai da minha amiga estava chegando na casa dela. Quando ele entrou, uma senhora, mãe de uma vizinha da minha amiga, veio perguntar a ela quem era aquele homem. Ela respondeu que era o seu pai. A mulher perguntou se o nome era André (fictício). Ela disse que sim e aí a mulher chorou, emocionada. Disse que ele era o seu primeiro amor, que nunca tinha esquecido. E voltou pra casa da filha.
Ao entrar em casa, minha amiga perguntou ao pai se ele conhecia uma mulher chamada Marina (também fictício). Depois de perguntar o porquê, respondeu que sim. Que tinha tido uma namorada com esse nome. Aí minha amiga lhe contou o que aconteceu e disse que Marina era a mãe da vizinha do lado e que o reconhecera depois de tantos anos.
Os dois, então, foram colocados em contato e, do jeito deles, retomaram o namoro. Marina não mora com a filha e nem no mesmo condomínio. Mas mora num bairro próximo. André também não mora na casa de minha amiga, a sua filha, mas também mora perto.
Esse reencontro romântico, contudo, tem uma pedra no caminho: o Alzheimer que já invade um pouco a memória de André. Os remédios que usa tem dado um ritmo mais lento a essa "queima de arquivos". Como sabemos, o Alzheimer apaga, primeiro, a memória recente e, por último, a memória emocional. Então Marina, apesar de ter sido lembrada por André por fazer parte das suas recordações amorosas, de vez em quando fica sem o namorado, porque ele esquece que marcou o encontro (memória recente).
Com esse reencontro fiquei pensando em Marina. Por que ela se emocionou tanto ao reencontrar o seu primeiro amor e retomou o namoro já, ambos, com idade avançada? Dizem que o primeiro amor a gente nunca esquece. Eu nunca esqueci o meu e tive a sorte de retomar o namoro. No meu caso não vivi 10 anos - o tempo que ficamos separados - pensando nele, mas o amor reacendeu com o reencontro. E no caso de Marina... será que ela sempre o amou, mesmo tendo casado com outro e constituído família? Ou foi como eu?.
Não para por aí minhas perguntas: será que não vivemos plenamente e longamente o amor primeiro por imaturidade ou por destino? E o reencontro, será que estava escrito nas estrelas? Será o primeiro amor o encontro e reencontro de almas?
Sei de histórias de pessoas que casaram com seu primeiro amor e continuam casados e apaixonados, como minha irmã caçula, Kátia Luciana e seu amor Edilson. Mas na maioria das vezes não é assim. Queria saber como foi com você. Seu primeiro amor ainda é o atual? Se o primeiro amor se perdeu no caminho, você ainda pensa nele? Se o reencontrasse, voltaria a amá-lo? Deixe aqui sua história, junto com a minha e a de Marina.
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