Você fiscaliza as mensagens nas redes sociais, aplicativos e telefones de quem você ama? E as suas mensagens e ligações também são monitoradas por seu amor? Se você respondeu a sim a pelo menos uma das perguntas, tá na hora de fazer uma autoavaliação do seu relacionamento e da sua forma de amar.
Resolvi confabular com vocês sobre esse tema depois de ver as situações apresentadas no programa Fantástico, da Rede Globo, mostrando os problemas que casais vem enfrentando por causa do uso das redes sociais. Esse quadro, em minha opinião, só confirma a falta de maturidade das pessoas, principalmente dos jovens.
Situações como essa, que se tornam cada vez mais comum, confirmam a minha impressão de que os adolescentes e jovens vivem uma epidemia de insegurança e de carência afetiva. Vocês sabem que não sou psicóloga. Mas o exercício do jornalismo me fez ainda mais observadora. E esta constatação vem da minha observação quase diária. Engraçado que conversei sobre esse tema nessa semana que passou com três rapazes, entre 22 e 25 anos, que participaram de uma palestra em que estive também presente.
A carência e a insegurança começam no "ficar", que no século 21 veio substituir a "paquera" comuns nos clubes e boates nas décadas de 1970 e 1980. Em comum entre as duas situações tem o fato de você estar com alguém, em algum lugar, alguma festa ou balada, sem compromisso futuro. A diferença está no fato de, na "paquera" da minha juventude, se gostávamos do beijo, do abraço, do sarro, na próxima oportunidade o encontro rapidamente evoluía para o namoro. A geração do meu filho, que fará 30 anos na próxima semana, e gerações posteriores, "fica" por meses infinitos. Não assume que é namoro, mas tem todos os compromissos como se namorados fossem: se falam todos os dias, trocam "zap-zaps" a cada instante, estão juntos em todos os momentos... mas não namoram. Fuga equivocada de compromisso.
Aí, quando assumem o namoro, mesmo que percebam que não tem lá muitas afinidades, resolvem agir como se fossem uma única pessoa. Alguns tem perfil em rede social conjunto "Maria-José", senhas de e-mails e outros compartilhamentos. Também, como não ser assim, se já compartilham como marido e mulher o quarto de um deles na casa dos pais? Acreditam que a intimidade que vivem, em namoros que duram até 15 anos, é suficiente para viver um amor sólido. Muitos, quando passam do namoro-casamento-na-casa-de-nossos-pais para o casamento oficial, não conseguem viver juntos muito tempo. A insegurança, a consequente possessividade e o nefasto ciúme destroem o castelo de areia do casal.
Confiança é essencial em um relacionamento. Compartilhar senhas com o namorado/marido ou namorada/mulher não é garantia de que não haverá traição. Adicionar pessoas desconhecidas ao perfil não significa que haverá traição. Editar regras de uso das redes sociais não é sinônimo de lealdade ou fidelidade. Para fidelidade não há regras; há quereres. Ninguém pode botar a mão no fogo por ninguém, mas pode alimentar uma relação baseada na cumplicidade, na amizade, na confiança, no prazer de estar juntos e, principalmente, no respeitar da individualidade do outro. Não será o "pegar no pé" deixando o/a amado(a) "piados" - amarrados pelos pés como frangos e galinhas nas feiras - que garantirá vida longa ao amor. Só fica ao nosso lado quem realmente nos curte, quem tem prazer com a nossa companhia.
Se você faz parte desse exército de patrulheiros, que tal exercitar a confiança? Acredite, você só tem a ganhar.
Sugiro a leitura desta outra confabulação se você acha que ama e quer casar: "Quatro requisitos para casar"
Resolvi confabular com vocês sobre esse tema depois de ver as situações apresentadas no programa Fantástico, da Rede Globo, mostrando os problemas que casais vem enfrentando por causa do uso das redes sociais. Esse quadro, em minha opinião, só confirma a falta de maturidade das pessoas, principalmente dos jovens.
Situações como essa, que se tornam cada vez mais comum, confirmam a minha impressão de que os adolescentes e jovens vivem uma epidemia de insegurança e de carência afetiva. Vocês sabem que não sou psicóloga. Mas o exercício do jornalismo me fez ainda mais observadora. E esta constatação vem da minha observação quase diária. Engraçado que conversei sobre esse tema nessa semana que passou com três rapazes, entre 22 e 25 anos, que participaram de uma palestra em que estive também presente.
A carência e a insegurança começam no "ficar", que no século 21 veio substituir a "paquera" comuns nos clubes e boates nas décadas de 1970 e 1980. Em comum entre as duas situações tem o fato de você estar com alguém, em algum lugar, alguma festa ou balada, sem compromisso futuro. A diferença está no fato de, na "paquera" da minha juventude, se gostávamos do beijo, do abraço, do sarro, na próxima oportunidade o encontro rapidamente evoluía para o namoro. A geração do meu filho, que fará 30 anos na próxima semana, e gerações posteriores, "fica" por meses infinitos. Não assume que é namoro, mas tem todos os compromissos como se namorados fossem: se falam todos os dias, trocam "zap-zaps" a cada instante, estão juntos em todos os momentos... mas não namoram. Fuga equivocada de compromisso.
Aí, quando assumem o namoro, mesmo que percebam que não tem lá muitas afinidades, resolvem agir como se fossem uma única pessoa. Alguns tem perfil em rede social conjunto "Maria-José", senhas de e-mails e outros compartilhamentos. Também, como não ser assim, se já compartilham como marido e mulher o quarto de um deles na casa dos pais? Acreditam que a intimidade que vivem, em namoros que duram até 15 anos, é suficiente para viver um amor sólido. Muitos, quando passam do namoro-casamento-na-casa-de-nossos-pais para o casamento oficial, não conseguem viver juntos muito tempo. A insegurança, a consequente possessividade e o nefasto ciúme destroem o castelo de areia do casal.
Confiança é essencial em um relacionamento. Compartilhar senhas com o namorado/marido ou namorada/mulher não é garantia de que não haverá traição. Adicionar pessoas desconhecidas ao perfil não significa que haverá traição. Editar regras de uso das redes sociais não é sinônimo de lealdade ou fidelidade. Para fidelidade não há regras; há quereres. Ninguém pode botar a mão no fogo por ninguém, mas pode alimentar uma relação baseada na cumplicidade, na amizade, na confiança, no prazer de estar juntos e, principalmente, no respeitar da individualidade do outro. Não será o "pegar no pé" deixando o/a amado(a) "piados" - amarrados pelos pés como frangos e galinhas nas feiras - que garantirá vida longa ao amor. Só fica ao nosso lado quem realmente nos curte, quem tem prazer com a nossa companhia.
Se você faz parte desse exército de patrulheiros, que tal exercitar a confiança? Acredite, você só tem a ganhar.
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