Vamos agora confabular sobre as queixas da Folha Online sobre o furo jornalístico de César Tralli.
É crime você conseguir dar uma informação em primeira mão? É crime o jornalista, em sua função de repórter, conquistar a partir da sua dedicação, do seu trabalho, fontes que lhe assegure informações que o levem a um furo?
Desde o período que ralei nos bancos da Universidade Católica de Pernambuco, com excelentes professores, como Vera Ferraz e Eduardo Ferreira, nos era apontado que o furo é uma conquista e o mérito é do repórter que soube garimpar boas fontes. Nunca foi dito que era crime.
Qual o jornalista que esteja nas fileiras da reportagem não sonha com um bom furo e não fique orgulhoso de ver sua matéria sendo divulgada em primeira mão? Se trabalha com o jornalismo investigativo, então...
Estou fora de redações desde final de 1996, trabalhando agora com assessoria de imprensa. Mas tenho orgulho de furos que dei e que estão registrados no meu arquivo pessoal e no arquivo da Tribuna da Bahia ( Salvador) e das bibliotecas.
Questionar se a Polícia Federal errou ao não informar os outros veículos de comunicação é outra coisa. E até nisso é relativo. Quem trabalha com assessoria de imprensa sabe que, em alguns casos, dá-se exclusividade a um veículo. Não que tenha sido este o caso ( não sei dos pormenores). Estou aqui apenas na defesa do direito ao furo e a importância da preservação das fontes, conquistadas ao longo da carreira jornalística.
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