Está criada a polêmica entre a Rede Globo e a Folha Online ( e outros jornais), que consideram que o furo dado pelo jornalista Cesar Tralli deu na cobertura da Operação Satiagraha, que resultou na prisão dos banqueiros Daniel Dantas e Naji Nahas, e do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta.
O jornalista será chamado a depor na sindicância da Polícia Federal que apura supostos abusos policiais na Operação Satiagraha, bem como o vazamento de informações da ação. Foi Tralli quem comandou a cobertura do caso para a Globo. O repórter sabia antecipadamente dos mandados de prisão, e de busca e apreensão às casas dos banqueiros Daniel Dantas e Naji Nahas, e do ex-prefeito Celso Pitta.
A Globo obteve acesso exclusivo ao momento das prisões e também pôde filmá-las. Tralli também teve acesso ao conteúdo das decisões judiciais que permitiram a operação. Todas as informações foram exibidas anteontem e ontem no "Jornal Nacional".
O diretor -executivo de jornalismo da Central Globo de Jornalismo, Ali Kamel, divulgou nota ontem, considerando injusto o fato de o monistro Tarso Genro ter se desculpado com as emissoras que levaram o furo sobre a operação. A Folha Online acusa Tralli de ter parente dentro da PF que facilitou as informações, consideradas privilegiadas.
Kamel argumentou ser equivocada a afirmação de que a Globo "obteve acesso exclusivo ao momento das prisões e também pôde filmá-las". Disse ele que " a TV Globo não "obteve" nada; deu um furo, depois de meses de trabalho, e graças à credibilidade de que dispõe na sociedade e em múltiplas fontes de informação nas três esferas do Poder Público. A TV Globo também não obteve autorização alguma para filmar a ação. A Constituição Brasileira, no artigo 5º, inciso XIV, estabelece claramente que "é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional" . Portanto, a TV Globo jamais pediria autorização à autoridade policial para filmar uma ação que estivesse sendo presenciada por ela. A Folha, e qualquer jornal sério, fariam o mesmo;
Ali Kamel destacou que, graças ao mesmo artigo da Constituição citado acima, a TV Globo jamais revelará os diversos passos que a levaram a dar o furo de reportagem sobre a operação da Polícia Federal. Disse ainda que o repórter Cesar Tralli, um dos mais respeitados do jornalismo brasileiro, dispensa defesas; os furos que dá, ambição de todo jornalista, são fruto de seu talento, de sua credibilidade e de trabalho árduo.
Sobre o pedido de desculpas do Ministro da Justiça às demais emissoras por não terem sido "avisadas" da operação policial, o diretor-executivo de jornalismo disse que a TV Globo entende que ele foi injusto com todos. Com a TV Globo, por confundir um furo, conseguido graças a um minucioso trabalho de reportagem, com um aviso. Com as demais emissoras, por acreditar que elas só sejam capazes de dar furos se, antes, forem "avisadas".
Ali Kamel destacou que, graças ao mesmo artigo da Constituição citado acima, a TV Globo jamais revelará os diversos passos que a levaram a dar o furo de reportagem sobre a operação da Polícia Federal. Disse ainda que o repórter Cesar Tralli, um dos mais respeitados do jornalismo brasileiro, dispensa defesas; os furos que dá, ambição de todo jornalista, são fruto de seu talento, de sua credibilidade e de trabalho árduo.
Sobre o pedido de desculpas do Ministro da Justiça às demais emissoras por não terem sido "avisadas" da operação policial, o diretor-executivo de jornalismo disse que a TV Globo entende que ele foi injusto com todos. Com a TV Globo, por confundir um furo, conseguido graças a um minucioso trabalho de reportagem, com um aviso. Com as demais emissoras, por acreditar que elas só sejam capazes de dar furos se, antes, forem "avisadas".
Comentários
Postar um comentário