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Mostrando postagens de maio, 2008

Heroína

Hoje, quando vemos uma família com quatro filhos, a maioria de nós se espanta e acha loucura. Aliás, muitos casais acham loucura ter mais que um filho. "Não dá, a vida tá muito difícil e quero dar o melhor para meu filho": esse é o argumento geral que ouço.Tenho aprendido que não temos que nos preocupar em dar o melhor para os nossos filhos; temos que dar o melhor de nós, e aí não entra dinheiro; entra atenção, carinho, dedicação. Mais que nunca considero minha mãe - Cleonice, Nicinha, dona Cleo - uma heroína, uma guerreira vitoriosa. Teve 12 gestações, vingando 11. Todos nascidos de parto normal em Paulo Afonso. Aos 17 anos casou. Aos 19 pariu a primeira, Tata. Aos 36, a caçula, Lu. Aos 40 "perdeu" o marido para uma garota de 17, que engravidara. Desesperou-se, zangou-se, desatinou e quase enlouquece. O ódio e o rancor quase a destrói. Sertaneja dura na queda, aprendeu que precisamos ter sabedoria para aceitar as coisas que não podemos modificar e coragem para modi

mãe emprestada

Sou mãe emprestada, sim! Madrasta que ama seu enteado como filho que lhe é. Sou mãe emprestada que se preocupa com o bem-estar da sua cria, mesmo que não biológica. Mãe emprestada que fica feliz com as vitórias que o filho vai alcançando pouco a pouco, nessa árdua caminhada na terra. Pego no pé até mais que algumas mães que receberam seus filhos pelo ventre. Cobro, exijo ...e amo, amo. Procurei, ao longo de 19 anos de convívio, passar que ética, moral e respeito são exemplos para se colocar em prática, não para se envergonhar. Sou mãe emprestada de Acácio - Cacá, filho de Iza. E cobro dele dedicação, amor e respeito para sua mãe biológica. O amor nos fez viver em paz depois de anos de conflito. Amor é assim, mesmo que de mãe emprestada.

Falta de indignação

Preciso me programar para assistir a comédia O Indignado, onde o ator Frank Menezes interpreta texto de Cláudio Simões e Djaman Barbosa, sob a direção de Fernando Guerreiro. Aliás, pelo que li nas reportagens de divulgação, não apenas eu, mas todos os baianos deveriam se programar para ver e ouvir O Indignado . Quem sabe, através da comédia, poderemos perceber como estamos passivos diante da vida. Aceitamos tudo, nos conformamos com tudo. "Tudo é normal"," é assim mesmo", "pelos menos isso"... Cadê nossa indignação? Como confabulei anteriormente, pagamos impostos caros, de primeiríssima e nos conformamos com serviços públicos de terceira. Nos indignamos com a violência, mas só em determinados casos que ganham a atenção da mídia , como o do assassinato da menina Isabela Nardone . Mas ficamos passivos quando alguém é assaltado sob as nossas vistas ou com tantas crianças que morrem por falta de assistência porque seus pais, sem formação e sem emprego

Merecemos asfalto de mentira?

Muitos de nós, residentes em Salvador, estão felizes com a chegada do "asfalto " às nossas ruas. Muito felizes por não ter que conviver com a poeira da rua de barro. É verdade. Gostaria, contudo, de sugerir uma reflexão aos que moram no miolo de Piatã -ou Placafor, como alguns chamam. Moramos em uma área considerada nobre, em cujo IPTU, pelo menos no meu, vem classificada como área MÉDIA. Pagamos caro por nosso IPTU. As nossas ruas já constam como asfaltadas na prefeitura: Humberto Machado, Mandiguaçu, Manoel Galiza, Travessa Manoel Galiza, Ozi Miranda, Juiz Heleno Orlando, Acari e Joana Angélica. A Orlando Heleno recebeu uma borra de asfalto de uma construtora interessa em vender apartamento que construir no fim da rua - um buraco. Desta vez, resolveram colocar o cascalho do asfalto da orla, que está sendo raspado para receber um novo. A Joana Angélica foi a primeira a receber essa bagaceira que a chuva já está esburacando. Agora é a vez da Humberto Machado e da Travessa Man