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Mostrando postagens de julho, 2013

O difícil exercício de se colocar no lugar do outro.

Meu marido diz  que adoro ouvir a conversa dos outros. Não é bem assim; não fico ouvindo atrás das portas ou nas extensões dos telefones. É bem assim; não consigo deixar de ouvir as conversas quando estamos em locais públicos. Sempre dá pano pra manga. Na semana passada, por exemplo, enquanto estava numa recepção da ala de consultórios do Hospital San Rafael, acabei ouvindo duas mulheres que estavam na fileira atrás de mim. Nessa tarde parece que muitos médicos atrasaram. Pelo menos estavam a minha e a delas - que não eram a mesma. Uma dessas mulheres reclama sem parar de que a médica - uma ginecologista - leva mais de meia hora no atendimento do paciente. "_ Dá vontade de bater na porta...", diz. Menos de um minutos depois ela dispara: " Dá vontade de ir embora, não vou mentir." E o papo de críticas e lamentações prossegue enquanto o painel vai apitando e mudando os números das senhas, sempre na tônica de que cada consulta da tal médica é muito longa. Sinto

Quem não é corrupto é otário e vacilão

Em nossas andanças pelos países vizinhos vivi duas situações interessantes que nos fez refletir sobre o Brasil e que tem tudo a ver com os gritos de protesto das infinitas manifestações. Equipe da Tum Tum surpreende com confiança Em outubro de 2008 andamos pela Venezuela, onde o povo se dividia entre o endeusamento de Hugo Chaves e a sua execração. Passamos dois dias em Coro , uma das cidades mais antigas do país e reconhecida como Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO desde 1993. Também conhecida por Santa Ana de Coro, é a capital do estado de Falcón e do município Miranda. Mas não quero falar de geografia. O fiz apenas para lhe situar. Em Coro, ficamos na pousada Tum Tum, que nos foi indicada por uma pessoa em Mérida , e que estava em transição de gestão. A dona, Angélica ( belga), tinha acabado de vender para o casal Damien (francês) e Norka (Venezuelana). Na primeira manhã Roberto perguntou se tinha cerveja. Sim. Long neck. Pediu duas. A belga disse que pegasse no f