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Mostrando postagens de outubro, 2011

Eficácia da metodologia dos Alcoolicos e Narcóticos Anônimos na berlinda

Certa vez, ao conversar com um adicto que passou 50 dias internado para tentar se livrar da dependência das drogas, ele me dissera que desistiu de ir para as reuniões do NA. Segundo ele, os encontros com o grupo os deixava sempre pra baixo, quando o que ele buscava era algo que lhe desse forças para continuar "limpo". O motivo: no grupo que frequentava havia poucos ou quase nenhum relato de alguém que conseguisse ficar muito tempo sem recair. Era comum, segundo ele, recaídas semanais. E ele preferiu caminhar só. Uma boa solução? Não, segundo John E. Burns, doutor em Administração de Programas de Tratamento de Dependência Química. Em sua opinião, o melhor para o pós tratamento é o grupo. É nele que está o poder. John Burns, com quem conversei também sobre o tratamento de adolescentes , disse que apenas 30% dos dependentes que se submetem  a tratamento de 30 a 90 dias, alcançam uma recuperação. Mas que essa propabilidade  cresce para 60 a 80% quando o dependente químico parti

Reinserção social é fundamental na recuperação de adictos adolescentes

 Ter acompanhado na manhã de sexta-feira, 28/10, o VI Simpósio sobre Alcoologia e Outras Drogas, promovido pela Vila Serena Bahia em Salvador, me deu a oportunidade de encontrar eco para outras avaliações que eu já tinha feito através das confabulações no Forquilha, como o combate ao crack   e  olhos fechados para as drogas . Uma delas é a de que nenhum país vai conseguir tirar seus adolescentes da dependência química se não trabalhar com a reinserção social.  Conversando com o doutor John E. Burns, fundador da Vila Serena no Brasil Tive essa confirmação com John E. Burns (EUA), doutor em Administração de Programas de Tratamento de Dependência Química, psicólogo, teólogo e mestre em sociologia que há 30 anos fundou a Vila Serena no Brasil a partir de experiências adquiridas enquanto se tratava, nos Estados Unidos, da dependência do álcool. Depois de assistir pedaços de sua palestra sobre o Smart Recovery, considerado uma ferramenta de auto monitoramento para o dependente,

Droga é caso de saúde pública e não apenas de polícia

Na última sexta-feira, 28/10, acompanhei os trabalhos do VI Simpósio de Alcoologia e Outras Drogas, promovido anualmente pela Vila Serena Bahia , uma instituição privada que trata de dependências: químicas ou não. É um tema muito interessante até porque diz respeito a cada um de nós, mesmo para aqueles que não sofrem por ter um adicto na família. Um dos palestrantes que mais me chamou atenção, pela manhã, foi o psiquiatra colombiano Ricardo Restrepo, residente há 17 anos nos Estados Unidos e diretor da clínica de psicofarmacologia e adicção do Instituto de Adicção de Nova York (EUA). Ele disse, com a autoridade de especialista que é, o que eu já comentei no Forquilha em relação à políticas governamentais no Brasil e Bahia para esta área: " É preciso que a dependência de droga seja tratada como uma questão de saúde pública e que o tratamento seja de forma integrada entre as diversas especialidades, porque os riscos são clínicos e psicológicos." Como estava contribuindo co