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Mostrando postagens de julho, 2010

Criminalização da violência nos estádios em questão

A sanção da lei que criminaliza a violência nos estádios, que ocorreu ontem, 27/07/10, em minha avaliação, é oportuna e ao mesmo tempo equivocada. Vixe! E pode algo ser bom e ser ruim ao mesmo tempo? Claro que sim! Principalmente quando ela não encontra, ou não oferece, o equilíbrio. A nova lei cria regras mais rígidas - ótimo! Mas determina punição com cadeia - péssimo! Generalizar e banalizar a detenção contradiz a mais recente diretriz do próprio Ministério da Justiça, que tem investido em ampla campanha para sensibilização da sociedade em relação às penas alternativas. Não podemos esquecer, ainda, que o Brasil, sem exceção de Estado, enfrenta superlotação nos presídios e delegacias. Estas, inclusive, perdendo a sua característica de detenção temporária para averiguação, gerando protestos dos agentes de polícia que tem sido transformados em agentes penitenciários. No site do Ministério da Justiça busquei agora pela manhã dados atualizados da população carcerária e encontrei estatíst

Viver entre tapas e beijos não é amar

Tenho o privilégio de ter um grupo de vizinhos que gosta de se reunir com frequência, não apenas para uma cerveja e para provar os dotes culinários de alguns, mas também para conversarmos sobre assuntos diversos. Recentemente, conversei com uma delas sobre os relacionamentos dos nossos filhos com as namoradas deles. Parecia normal, para eles - que tem idade entre 23 e 26 anos - um namoro marcado pelo ciúme excessivo, pelas brigas diárias - presenciais, por telefone e virtuais . Minha vizinha disse:" é assim mesmo. Outro dia achei que eles estavam brigando, mas eles disseram que não, apesar de se tratarem com palavras ácidas, sarcasmo e até mesmo palavrões". Eis que chega no local onde trabalho uma revista chamada Cidadania, da Fundação Bunge, em sua edição 54. Nunca tivera, até então, a oportunidade de ler nenhuma outra edição desta publicação, que aborda questões tão importantes para a sociedade. A matéria principal trata do tema da minha conversa com minhas vizinhas: a agre

Aborto de fetos anencéfalos

Meu amigo Chico Muniz, jornalista como eu e também espirita, enviou-me dias atrás um link sobre uma polêmica que estava sendo travada entre uma defensora pública e seguidores de um blog que se posicionam contra o aborto e em defesa da vida. Tudo porque a defensora postara, em seu twiter, que tivera o prazer de entregar um alvará autorizando o aborto de um feto anencéfalo. E Muniz pediu que eu desse um parecer sobre o assunto. Se esse pedido tivesse ocorrido há uns 15 anos atrás, certamente eu teria dito que era direito da mãe, sim, e que ninguém tem nada com isso. Mas, os anos passaram, amadureci, comecei a estudar a doutrina espírita e muitos conceitos que tinha desenvolvido na juventude, quando, inclusive, defendia o direito ao aborto, mudaram. Eu tinha muitas dúvidas de quando a vida começava, de fato. Dúvidas que foram sendo dissipadas com o estudo e com o passar do tempo. Aprendi que todos temos direito à vida - ao reencarnar. E que muitas vezes o nosso tempo de vida, assim como a