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Mostrando postagens de abril, 2009

Mais uma sacanagem com o eleitor

Eu sabia que os parlamentares, de um modo geral, legislam em causa própria, mas ainda me surpreendo como legislam! Todo ano eu mesma faço a minha declaração do Imposto de Renda, a do meu marido e a do meu pai. Por ele ser aposentado e receber benefício do INSS e da Fachesf, o leão acaba abocanhando muito sua receita. Como a maioria dos brasileiros, achei injusto e fui pro site da Receita Federal buscar mais informações sobre as possibilidades de diminuir, legalmente, o imposto a pagar. Como acontece na maioria das vezes, quando procuramos algo nem sempre encontramos o que queremos, mas acabamos encontrando algo que não procurava. E achei. E fiquei indignada! Decididamente fula da vida! E não quero ficar com essa indignação só para mim. Vamos lá: você sabia que aquela verba indenizatória que os deputados recebem durante a convocação extraordinária está isenta e tributação? Pois está sim! Enquanto o trabalhador é abocanhado pelo leão da Receita nas suas férias, horas extras e indenizaçõe

Combate ao crack

Continuando com o mesmo tema da confabulação anterior, lembro que no mês de março passado a imprensa nacional falou muito sobre o preocupante quadro do aumento do consumo do crack no Brasil – uma droga proveniente da cocaína com uma potência muito maior que esta e que provoca efeitos e dependência mais fortes que o álcool e a maconha em crianças, jovens e adolescentes. Segundo o psiquiatra Félix Kessler, coordenador de pesquisas sobre álcool e droga na Universidade federal do Rio Grande do Sul, as drogas fumadas – como o crack – entram no organismo rapidamente. “ O pulmão tem superfície extensa que absorve grande quantidade de substância, que vai direito ao cérebro”, diz o psiquiatra, que também é membro da Associação Brasileira de Estudos sobre Álcool e Drogas (Abead). Li, por exemplo, na Agência Brasil, que estudo recente realizado por Kessler em Salvador, São Paulo, Porto Alegre e no Rio de Janeiro detectou um aumento do número de usuários de crack em tratamento ou internados em

Poder Público se omite de tratar dependência química

Ao ler notícias na internet nesta manhã vi, no Folha Online, que uma mulher de 22 anos foi presa na manhã de domingo (26) sob suspeita de vender a filha de oito meses por R$ 10 no bairro Itapuã, em Vila Velha, no Espírito Santo. A criança foi encaminhada para um abrigo. Ela teria batido na porta de uma casa e oferecido a filha; precisava de dinheiro para comprar drogas. A mulher que "comprou" a menina devido ao estado alterado em que a moça se encontrava, chamou a PM depois, que conseguiu localizá-la - alcoolizada e sob efeito de entorpecentes. O pai da criança, que também foi localizado, contou que a mãe do bebê é dependente de drogas e perdeu a própria mãe recentemente. Ela foi encaminhada para a penitenciária de Tucum, em Cariacica (região metropolitana de Vitória, ES. Ao ver esta notícia, lembrei que outras notícias, recentemente, apontavam para uma epidemia do crack em Belo Horizonte e que outros estados estavam com situação similar. O governo de Minas Gerais adotou pro

Perigos reais do trânsito

Pense em como sou uma pessoa chata quando se trata das regras de trânsito. Acho que falta fiscalização e não acredito que tenhamos que ficar insistindo com a educação para o trânsito interminavelmente. O momento, para mim, agora é de multa. E se for educação, que seja como estes vídeos enviados para meu e-mail. Confira.

As consequencias de recusar o NÃO

Renato casou com Fabiane e teve um filho. Depois o amor parece ter acabado, veio o divórcio e a disputa pela posse da criança, e 5 anos, como se objeto fosse. A mãe ganha a guarda e o pai decide que o filho só poderá ser feliz com ele; portanto, se não pode ficar ao seu lado, melhor não viver. Nem o filho, nem o pai, que não suportaria viver sem o filho. Renato mata o filho e tira a própria vida. Ele não soube conviver com a proibição. Esse não é um roteiro fictício; é fato real divulgado na noite de ontem e ocorreu em São Paulo. O pai era advogado e professor da Universidade de São Paulo - USP. E a sua história deveria fazer com que refletíssemos sobre a importância da inteligência emocional para lidar com os reveses da vida. Muitos problemas começam com relações que são percebidas por todos que estão de fora como algo que não dará certo. O casal não se entende, briga desde o início do namoro, mas insiste, só pelo fato de não gostar de enfrentar uma recusa, uma renúncia, um não como r

Um porto seguro no dia a dia do jornalista

Como coloquei na confabulação anterior, hoje, 7 de abril, é o dia dedicado aos jornalistas. Só quem escolheu e exerce esta profissão sabe que é preciso muito amor, vocação, dedicação. Muitos, contudo e infelizmente, consideram que é preciso apenas esperteza e saber usar das estratégias de manipulação para alcançar seus objetivos - sejam ele de poder, de lucro, de vaidade, coisas assim. O jornalista vive sob um estresse contínuo. Muitos são os vitimados por infartos e outras doenças, cardíacas ou não. Nem nos permitimos ter tempo para ir ao médico com regularidade. Ainda somos mal remunerados, apesar da importância do nosso trabalho para a consolidação da cidadania, da democracia. Ainda somos incompetentes para nos impor como profissionais qualificados, com formação superior, como cidadãos que investem, infinitamente, no conhecimento - seja com assinaturas de revistas/jornais, seja com pós graduações, MBAs, mestrados, doutorados. Ainda assim, comoos professores, não somos reconhecidos e

Dois pesos, duas medidas

Somos, de fato, uma sociedade hipócrita, onde se usa o tempo todo dois pesos e duas medidas. Hoje, todos os veículos de comunicação em Salvador mostram um Ministério Público atuante, exigindo moralidade na Câmara de Vereadores. Depois de impedir a criação de novo cargo, quer, agora, que os vereadores apresentem uma lista dos seus assessores, com a formação de cada e os cargos que ocupam. Muito bom. Mas seria interessante que se fizesse em todas as casas legislativas do Estado, inclusive e principalmente na Assembleia Legislativa, que procedeu de forma semelhante há menos de dois anos. Afinal, o MP pode agir por sua própria iniciativa ou tem que ser acionado? Não fazer desta forma parece picuinha e oportunismo político.

Jornalistas - ainda vamos comemorar

Hoje não temos muito motivo a comemorar: a classe é desunida (não procede como uma categoria trabalhista - aqui é cada um por si), os salários são baixos, os riscos imensos e agora, a ameaça de futuramente ter um diploma que não valerá nada. Luto para que isso não ocorra. PRECISAMOS NOS MOBILIZAR POR RESPEITO.

Ter ou não ter ética

"Não tenha muita ética, não se pode ter tanta neste ramo". Não acreditei quando li este trecho de uma reportagem de duas páginas no Jornal da Metrópole com Marconi de Souza, jornalista e advogado, ao falar sobre o jornalismo. Já confabulei com vocês sobre moral e ética aqui no Forquilha e não poderia deixar de fazer isto novamente. Acompanhei as polêmicas reportagens de Marconi de Souza quando ele estava no jornal A Tarde. Mas só o conheci pessoalmente recentemente, como assessor de imprensa da Associação dos Defensores Públicos da Bahia (hoje é assessor jurídico, se não me engano). Nunca conversamos sobre ética, seja ela profissional ou pessoal. Daí o meu espanto. Em minha avaliação, não se pode ter muita ou pouca ética, em qualquer que seja a atividade. Para mim, ou se tem ética ou não tem. Não dá para ficar em cima do muro. E no exercício do jornalismo não pode ser diferente. Assim como no exercício do advocacia, da medicina, da engenharia... Temos, inclusive, o Código de