Hoje, os jornais trazem mais uma notícia de tragédia anunciada. Luciana dos Santos Muniz, de 21 anos, foi assassinada a facadas pelo ex-companheiro Wagner Macedo Alves, de 29 anos. Os dois estavam separados havia três meses. O acusado informou que vinha tentando uma reconciliação mas que Luciana não aceitava . Ela já tinha registrado duas queixas na Delegacia da Mulher contra Wagner, mas conseguira audiência apenas para outubro. Este é mais um grito de alerta, de pedido de socorro, que não foi ouvido pelas autoridades. Lembro-me que, ao dar cobertura jornalística a uma palestra da defensora pública Firmiane Venâncio, coordenadora do Núcleo de Direitos Humanos da Defensoria Pública, no Instituto Steve Biko, algumas alunas do pré-vestibular relataram outros casos como o de Luciana. As mulheres denunciaram, pediram socorro, mas nada foi feito. Elas foram assassinadas. O grito de socorro não ouvido se repete em outras situações, que não necessariamente envolvam homem x mulher que têm ou
Diálogos com Vanda Amorim