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Mostrando postagens de junho, 2008

Carregando o elefante

Meu querido Roberto, sempre atento aos problemas no nosso país, pediu-me para incluir informações sobre o livro C arregando o elefante, de Alexandre Ostrowieki e Renato Feder. O livro está disponível para download. Confira no link abaixo. http://carregandooelefante.com.br/

A observadora

Sempre me considerei uma pessoa observadora e atribuo a essa característica a chance que tenho de errar menos - o que não significa que eu não erre. Nesta semana, contudo, este meu perfil foi confirmado por minha irmã Cida, enquanto conversavámos sobre o quanto sou tagarela. _ Ela é tagarela hoje porque demorou pra falar. ( Segundo mamãe eu só disse as primeiras palavras bem depois de ter completado um ano). Acho que mainha colocou um pintinho pra piar na boca dela ( como manda uma simpatia). _ Será? Acho que eu era preguiçosa. _ Não, você não falava porque preferia observar as pessoas - concluiu ela. Será que eu já fazia isso desde bebê? Hummmm. tenho que tomar cuidado porque certamente sou observada do mesmo jeito que observo.

Dia dos namorados

Ontem saí com meu namorado-marido e, mesmo atentos um ao outro, não pudemos deixar de observar os outros... observar os estilos tão diferentes de casais. Teve aquele, na faixa dos 50-55 anos, onde o homem entrou no local mantendo pelo menos três metros de distância da mulher que acompanhava; sentou na mesa e esperou por ela sentado. O amor, mesmo que não estivesse no mesmo limiar do início, poderia ter deixado espaço para a gentileza, pois não? Um outro casal, mais jovem, na faixa 25-30, destoava na vestimenta. Ela se preparou para o Dia dos Namorados e se arrumou com cuidado. Ele, vestia bermuda e camisa regata estilo machão ( a menos cavada, mas sem manga). Tudo bem que moramos em um país tropical, em uma cidade litorânea, mas não entendo porque muitos homens insistem em se vestir igual para ir a qualquer lugar: sempre como se fosse à praia ou a um churrasco no quintal. Um outro casal, mais novinho, mas também acima dos 20, com alianças no anular direito, chegou de bermuda e sandália

Exercendo a cidadania II

As pessoas se acostumaram a dizer que os moradores das áreas mais pobres são os que mais sujam a cidade, que não têm educação, coisa e tal. Discordo. Quase todos os dias me indigno com vizinhos da rua Humberto Machado e adjacências que moram em boas casas, têm bons ou pelo menos razoáveis empregos e grau de escolaridade, mas assim mesmo insistem em compartilhar o seu lixo com os que circulam pela rua Dias Gomes, em Piatã. Tem móveis velhos, podas de jardim e entulhos gerados por reformas. Recentemente, até terra tirada para Deus sabe o que tem. Talvez a escavação de uma piscina. A Limpurb passa quase toda semana para recolher esse tipo de lixo. Desta vez tem mais de 15 dias sem retirar essa vergonha. Essa prática se repete em cada esquina que tem um terreno murado, mas sem calçada. Tenho três sugestões: 1) que a prefeitura coloque fiscais nessas áreas periodicamente para multar os mal educados; 2 ) que a prefeitura exija que os proprietários de terrenos urbanos ainda vazios ( haja es

Exercendo a cidadania

Tenho refletido muito sobre a coragem de exercer o direito de indignar-se. Por que temos vergonha? Por que aceitamos coisas que não queremos sem reclamar? Porque aceitamos que os governantes façam o que querem, sem nos dar satisfação? Por que aceitamos maus resultados por serviços que pagamos - diretamente ou indiretamente, através de impostos absurdos? Em outro momento mostrei minha indignação diante da decisão da prefeitura de Salvador em levar um tal de asfalto progressivo para ruas com baixo tráfego de veículos - independentemente dos problemas estruturais que a rua tivesse. Um asfalto progressivo que nada mais é que o cascalho moído do asfalto raspado da orla e de outros pontos que estão recebendo o glorioso banho de asfalto. Não importa se as ruas em questão já tinham sido lesadas - por constarem na prefeitura como asfaltadas , nem se o IPTU cobrado dos moradores da área é caro. Virei persona non grata para uns dois ou três moradores do pedaço porque tive coragem de protestar e

Operação BiG BaNG II

Como a megaoperação - na varredura pelos bairros com pontos de tráfico - apreendeu tão pouco: 8 k de cocaína, 50 pedras de crack e 1 k de maconha? Ou será que um dos objetivos principais da ROTAMO era justiçar o policial Sidarta, morto em 16 de março passado? Será que vale a pena continuar pegando as piabas e deixando os peixes grandes soltos, corrompendo pessoas de fora e de dentro da polícia?

Operação Big Bang

Sei e entendo que nós, seres humanos, somos imperfeitos. Assim não fosse não precisaríamos da reencarnação para a aprimoração , a transformação. Entretanto , não deixo de me surpreender - e me indignar - com o fato de a corrupção se alastrar, tal qual uma barragem que estoura, espalhando destruição por onde passa. A megaoperação da Secretaria de Segurança Pública e do Ministério Público da Bahia na Penitenciária Lemos Brito - a Big Bang -, descortinou a simbiose entre bandidos e alguns servidores públicos (policiais e agentes penitenciários ). Como pode um custodeado ter e manter em sua cela E$ 280 mil, TV Plasma, geladeira bem abastecida, DVD e outros privilégios enquanto comanda crimes que ocorrem do lado de fora dos muros das penitenciárias. Quem permitiu esses privilégios? A troco de quê? Essa compra e venda de favores se espalha por todos os cantos. É no SUS , nos hospitais, nos cartórios , nas escolas, nos setores públicos. Começa com o favorzinho e chega ao favorzão .