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Mostrando postagens de novembro, 2007

Adeus a Jorge Lindsay

Hoje nos despedimos fisicamente de Jorge Lindsay. Vale a reflexão: o que estamos fazendo das nossas vidas? A morte é certa, algum dia. Mas se cuidarmos um pouquinho melhor de nós mesmos com certeza poderemos permanecer por mais tempo ao lado daqueles que amamos. Vida de jornalista tem se tornado cada vez com menos qualidade. As pressões dos chefes - seja em redações ou em assessorias de imprensa - são cada vez maiores, sem o devido acompanhamento da subida do salário. O que queremos pra nós? Aceitar as pressões, correr de um lugar para outro pra ter uma renda maior e fazer de conta que está tudo bem? Lindsay partiu, mas a reflexão fica.

O que fizemos aos nossos homens?

Quando criança, lá em Paulo Afonso (nordeste da Bahia), ouvia e acreditava nas histórias que mamãe contava sobre os "papa-figo" - homens e mulheres abastados de uma região de Pernambuco que sofriam de uma rara doença que lhes fazia crescer demasiadamente as orelhas, cujo remédio era comer fígado humano. Os "papa-figo" andavam em carros pretos, de vidros escuros, pegavam crianças que estavam sozinhas nas ruas, matavam-nas e retirava o fígado, deixando dinheiro a título de indenização. Nunca duvidei da veracidade das histórias de dona Nicinha e das minhas tias, pernambucanas de Pão de Açúcar, distrito de Pesqueira. Não relembro meus medos e crenças infantis para falar de folclore e de lendas. Mas para mostrar como as mães têm uma importância fundamental na formação dos seus filhos. O que é dito é incutido, mesmo que algumas vezes de forma subliminar. É absorvido o "meu filho querido", o "bebê da mamãe", mas também o "seu peste", " de